No início da Semana Nacional do Livro tive ideia de homenagear esse escritor e cartunista, e tenho dois livros, sendo um autografado por ele, quando veio ao Sesc, cujo título é 'Diário de um cucaracha', e o outro é 'Henfil na China', para onde partiu em 16 de julho de 1977.
Nos Estados Unidos, foi recepcionado por vários amigos, dentre eles Paulo Francis, e descreveu muito bem o dia a dia dos norte-americanos, os hospitais e médicos, o transporte público, ficou dois anos. Mandava muitas cartas para amigos e sua mãe, dona Maria. Seu irmão Betinho, também hemofílico, morava no Canadá. Naquele tempo, os norte-americanos chamavam os imigrantes, principalmente os porto-riquenhos de cucarachas, que significa ¨barata¨. Continuava enviando suas criações para o Brasil, personagens engraçados, como Graúna, etc e, em 16 de julho de 1977, partiu para a China, em busca de tratamento para a hemofilia. Descreveu bem os costumes chineses, principalmente o de não consentirem ninguém morando na rua, chegando a morar vinte pessoas de famílias diferentes numa mesma casa, até num cômodo só. Esse livro descrevendo a China acho o mais engraçado, embora fosse o tempo da repressão, pois é recheado de desenhos sobre os chineses, seu modo de vida. Termino assim minha homenagem ao mineiro famoso, Henfil... Que nunca seja esquecido.