22 de dezembro de 2024
EM BAURU

Laudo técnico reitera risco de colapso no Sambódromo e reforça interdição

Por André Fleury Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Joabe Guaranha/Prefeitura de Bauru
Vista aérea do Sambódromo de Bauru, interditado desde 2020

Um laudo que investigou as condições geológicas do Sambódromo de Bauru e ao qual o JC teve acesso reforça o risco de colapso no solo do local e recomenda a manutenção da interdição da área.

O relatório é resultado de uma perícia técnica realizada em abril deste ano a pedido da Prefeitura Municipal, que avalia eventuais intervenções para revitalizar o espaço inaugurado no final de 1990, no governo Izzo Filho.

A área está interditada desde 2019 em razão de um deslizamento que formou uma cratera de aproximadamente seis metros de profundidade e 40 metros de largura.

Embora o laudo admita os riscos sobre o solo, a perícia avalia que não há necessidade de ações emergenciais complementares no local, uma vez que o Sambódromo já se encontra interditado.

Há, porém, a recomendação para que o governo reforce a comunicação ao público sobre a interdição da área e os riscos de acesso ao empreendimento, inclusive na área das arquibancadas.

O laudo ainda é parcial e foi elaborado pela empresa FRAL Consultoria, que agora tem 90 dias para entregar uma análise completa sobre as ações a serem implementadas no Sambódromo.

"Destaca-se a necessidade em dar continuidade nos estudos atualmente em desenvolvimento, os quais irão subsidiar análises completas a respeito da estabilidade do maciço e taludes", diz o documento.

Enquanto isso, o relatório de abril recomenda ao Departamento de Água e Esgoto de Bauru (DAE) a realização de estudos sobre a rede de esgoto no local para identificar possíveis vazamentos. E pede reparos na rede de drenagem e nas galerias de águas pluviais.

O resultado do relatório não surpreendeu a secretária de Obras, Pérola Zanotto, que já esperava conclusões nesse sentido. "Sabemos dos problemas do local há tempos. Este é o segundo relatório que recebemos", diz.

Ela também argumenta ser prematura qualquer análise sobre as medidas a serem implementadas no Sambódromo e diz que prefere aguardar a entrega do relatório final, prevista para daqui a três meses.

O documento vai detalhar não apenas as intervenções necessárias, como também apresentar um cronograma de ações.

Até agora há uma única certeza: o Sambódromo não será revitalizado a tempo de abrigar o Carnaval do ano que vem. Segundo a Prefeitura, a tendência é que o evento seja realizado na avenida Jorge Zaiden, a exemplo do que aconteceu neste ano.