18 de dezembro de 2025
MORRE NO RIO

Djalma Corrêa, famoso percussionista brasileiro, morre aos 80 anos no Rio

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Reprodução/Facebook
O músico Djalma Corrêa estudou percussão e composição na Universidade Federal da Bahia

Morreu nesta quinta-feira (8), aos 80 anos, o renomado percussionista brasileiro Djalma Corrêa. Ele lutava contra um câncer de pâncreas, no Rio de Janeiro. "Agradecemos todo carinho e solidariedade neste momento difícil. Informações sobre o velório serão divulgadas posteriormente", diz a nota enviada pela equipe do músico à reportagem.

Djalma nasceu em Ouro Preto (MG) e começou sua trajetória na música brasileira nos anos 1960. Em 1964, participou do espetáculo "Nós, por exemplo" no Teatro Vila Velha, em Salvador. Participaram da apresentação músicos como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa, Tom Zé e Perna.

Nos anos 1970, trabalhou em trilhas sonoras de filmes, peças de teatro, criou o grupo musical Baiafro e trabalhou tanto em gravações como em apresentações ao vivo com músicos como Jorge Ben, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Caetano Veloso.

Em 1976, participou do show "Doces Bárbaros" com Gil, Caetano, Bethânia e Gal Costa, que morreu aos 77 anos no início de novembro.

Em sua carreira, também tocou em apresentações internacionais de destaque, como a de Gilberto Gil no Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, e de Maria Bethânia em Roma, na Itália, na reabertura do Teatro Sistina.

Entre 1973 e 1978, Djalma Corrêa viajou pelo país como responsável pelo Projeto Phonogram de Pesquisa e Documentação do Folclore do Brasil.

Nessas viagens, registrou diversos aspectos do folclore brasileiro por meio de fotos e filmes, o que lhe rendeu uma prisão, acusado de documentar aspectos negativos do país. Em 1979, foi lançada uma série de 25 discos organizada pela Phonogram, fruto dessa pesquisa.

Entre os discos importantes em que tocou, estão Ogum/Xangô", de Gilberto Gil e Jorge Ben, "Jóia" e "Qualquer coisa", de Caetano Veloso, "Refavela", de Gil, "Almanaque", de Chico Buarque, "Nós", de Luiz Melodia, e "Mancha de dendê não sai", de Moraes Moreira, além de "Quarteto Negro", com Paulo Moura, Zezé Motta e Jorge Degas, e os autorais "Djalma Corrêa" e "Candomblé".