24 de dezembro de 2025
Geral

Segundo médico, doença não oferece risco de vida

Redação
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A doença de Eliane, paralisia cerebral, não é progressiva e não evolui para nenhuma outra patologia. Essa é a informação do médico ortopedista que trata da professora há mais de 10 anos, Oswaldo Rodrigues Azenha Júnior. Segundo ele, o nome não explica, na verdade, a doença.

No caso de Eliane, não ocorre uma paralisia do cérebro. O que há é um trauma que pode ser originário na ocasião do parto, durante a gravidez, ou mesmo nos primeiros seis anos de vida. O trauma provoca um déficit de oxigenação no cérebro, o que causa lesão, explica.

A lesão, dependendo do local onde acontece, compromete o controle motor: a pessoa tem inteligência normal, com capacidade de ter vida normal, com algumas limitações típicas de portadores de deficiência física. A musculatura não funciona direito por deficiência do controle central. Não é um problema nos músculos, ressaltou.

O déficit de funcionamento muscular rompe com o equilíbrio de braços e pernas. Quando o equilíbrio é rompido, os membros podem apresentar deformidades. O tratamento é realizado com fisioterapia e eventual cirurgia, para previnir as deformidades.

A doença não tem semelhança nenhuma com a distrofia muscular que, essa sim, é um processo progressivo. A paralisia cerebral seria mais parecida com a paralisia infantil, com a diferença de que esta é causada por um vírus, na fase da infância e, aquela, é causada por um trauma na ocasião do nascimento.

A doença de Eliane não aumenta o risco de vida dela. Muito pelo contrário, uma vez que ela, por limitações impostas pela sociedade aos deficientes físicos, se expõe muito menos aos perigos do cotidiano, comenta.