O dia seguinte ao acidente que hospitalizou Cláudia Silva Nerilo na UTI gerou polêmica entre moradores, comerciantes e freqüentadores da quadra 12 da avenida Getúlio Vargas.
O comerciante Walter Rodrigues de Souza avalia que nos finais de semana a avenida em frente seu estabelecimento, onde ocorreu o acidente, vira um autódromo. Mateus Muniz Mensato acrescenta que a preocupação não se restringe aos carros, mas também ao grande número de pessoas que freqüenta a avenida.
O comerciante Ismael Silva concorda com Mensato no que diz respeito à preocupação com a segurança do seu estabelecimento. Com relação ao problema de trânsito, Silva diz que a grande distância de uma lombada a outra é que incentiva a alta velocidade dos motoristas. Ele avalia que depois que os carros saem da parte velha da Getúlio Vargas na direção do trecho novo há um atrativo para empregar maior velocidade. O pessoal olha para a pista do aeroporto (sentido centro-bairro) e é um convite para pisar fundo. O comerciante acredita que é necessário rever o posicionamento das lombadas entre as quadras 10 e 13 e, no período noturno, um maior policiamento.
A jovem Camila Pereira Scartezini, 24 anos, revelou que passou rumo à padaria minutos após o acidente no domingo e levou um susto ao se deparar com a confusão estabelecida na avenida. Vi que os rapazes que dirigiam os carros estavam exaltados. Tentei contornar pela ruas paralelas mas tudo estava interditado. Ela reside numa rua paralela duas quadras do local e já se acostumou com o barulho de freadas na avenida. Camila, sua irmã, Carolina, e a amiga Renata Furtado (foto), acostumadas a caminhadas na calçada da Getúlio, concordam que há necessidade de uma maior fiscalização no local. Tem que ter radar aqui, sugerem.