Para o presidente Antalcidas Pereira Leite, atual presidente do Automóvel Club de Bauru, o tombamento do clube é importante para a preservação da história da cidade, mas não garante a manutenção do imóvel.
Na minha opinião, o órgão que autoriza o tombamento deveria também contribuir para a manutenção desse patrimônio, afirma Leite, que teme pelo futuro do clube, em razão da diminuição das atividades sociais e do número de sócios.
Atualmente, o Automóvel Club tem 50 sócios contribuintes, os quais pagam R$ 30,00 de mensalidade. O montante, acrescido dos aluguéis do salão de festas, ajuda a manter o clube e a custear as reformas de manutenção.
Mas não é fácil. Por ser um prédio da década de 30, a manutenção é muito mais cara e, a partir de agora, se tornará mais complicada porque as reformas dependem de autorização prévia do Codepac, diz o presidente do clube.
Nilson Ghirardello, presidente do Codepac, relata que o órgão chegou a propor a criação de uma lei para isentar proprietários de imóveis tombados de pagarem Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), mas a vigoração da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) abortou os planos.
A LRF proíbe qualquer redução de receita. Apesar disso, o Codepac pode colaborar para a manutenção dos imóveis tombados propondo parcerias com a iniciativa privada. Por serem prédios importantes para a comunidade, podemos tentar obter, também, recursos estaduais e federais, adianta Ghirardello.
Enquanto isto não ocorre, o presidente do Automóvel Club solicita que os antigos sócios procurem a diretoria para retornarem ao quadro titular e voltarem a contribuir com o clube. O aumento do número de sócios é importante para a sobrevivência do clube, sustenta.
À frente da diretoria do Automóvel Club, juntamente com Jorge Zaiden, Ismael Cabestrè, Antônio Carlos Palhares e Luiz Toledo Martins, Leite (que herdou o título de sócio do pai, o funcionário público Accacio Pereira Leite) pretende continuar as obras de conservação do clube e, assim, ampliar suas atividades sociais.