07 de dezembro de 2025
Geral

Mexicano prega integração para evangelizar o mundo

Gilmar Dias
| Tempo de leitura: 2 min

O padre mexicano Alfonso Navarro Castelhano encerrou ontem, em Bauru, um curso na qual divulgou projeto de sua autoria, intitulado Sistema Integrado de Nova Evangelização (Sine). Participaram do evento padres, religiosas e leigos da Diocese de Bauru e da Arquidiocese de Botucatu, num total aproximado de 100 pessoas.

Segundo ele, o Sine nada mais é do que uma reciclagem para o clero. Falamos sobre os aspectos práticos de como viver, cumprir e implementar esse sistema, que chamam aqui de Projeto de Paróquia Missionária.

Navarro explicou que, em termos de mundo, o Sine cresce geometricamente. Já estamos presentes em 24 países, em mais de 1.000 paróquias, do Canadá até a Argentina. Na América Latina somente Chile, Paraguai e Bolívia ainda não conheceram o projeto.

Ele informou que no México das 80 dioceses existentes, cerca de 50 já implementaram o Sine. Nos Estados Unidos, outras 80 dioceses também já implantaram o projeto, que atende a latinos e anglo saxões. Está funcionando melhor com os anglos.

Na Europa, o Sine já está presente na Itália, Espanha, Inglaterra e Ucrânia. Nosso objetivo é transformar as dioceses e as paróquias em missionárias e pastorais integradas. Temos que superar essa visão de paróquia puramente cultural, uma espécie de estação de serviço religioso, como se os padres fossem funcionários do culto. Todos os elementos da missão são a pastoral da Igreja.

O arcebispo de Botucatu, dom Aloysio Leal Penna, explica que o Sine parte do pressuposto que o católico não recebe formação. A religião católica no Brasil é uma religião mais de cultura, passa de pai para filhos. Supõe-se, então, que essas pessoas estão formadas, evangelizadas, mas não estão. Essa é grande intuição do padre Navarro.

Dom Aloysio diz que a grande missão do padre mexicano é organizar as paróquias para que sejam missionárias e evangelizadoras. Os católicos devem se persuadir de que, em vocação do batismo, são chamados a alimentar a própria fé. Devem ter a consciência de que também são evangelizadores.