A atual legislação brasileira, que determina que as empresas destinem um percentual de suas vagas (leia quadro acima) para os portadores de deficiências, ajuda muito. Porém, segundo Maria Elisabete Nardi, administradora da Sorri, não é o suficiente para que eles consigam ingressar no mercado de trabalho.
Há reserva de mercado, mas poucos programas que preparem os portadores de deficiências para o trabalho. Ela ressaltou que a maioria dos deficientes, respeitadas as limitações individuais, tem condições de exercer atividade profissional. No entanto, poucos conseguem.
Maria Elisabete ressaltou que a Sorri está atendendo além de sua capacidade e que, mesmo assim, existem pessoas na fila à espera de vagas. Ela explicou que a Sorri não pode ampliar o número de pessoas atendidas por falta de recursos. As verbas governamentais representam cerca de 35% dos gastos da entidade.
Os demais 75% do orçamento da Sorri são obtidos através de serviços prestados pelos usuários, venda de produtos, como artesanato, e locação de instrumentos como cadeiras de rodas, bengalas e muletas. O período que um usuário é atendido na Sorri é variável, mas normalmente não é curto, passando de um ano.