07 de dezembro de 2025
Geral

Disputa deve marcar eleição no PPS

Gilmar Dias
| Tempo de leitura: 3 min

Partido prepara-se para eleger diretório municipal em 15 dias. Dois grupos divergentes devem lançar candidaturas.

A eleição que vai compor o diretório municipal do PPS pode até ocorrer em clima do bem, mas com certeza haverá disputa pelo controle do partido do prefeito Nilson Costa. A determinação do diretório estadual da legenda é para que as instâncias municipais realizem suas eleições no período de 8 a 14 de outubro próximo.

Em Bauru, o secretário-geral do PPS, professor Dilmar Pandolfi, informou que os dirigentes, filiados e militantes da legenda ainda não definiram a data e o local para realizar a eleição. Hoje, ele vai se reunir, em São Paulo, com a cúpula do partido para receber novas orientações sobre o assunto.

A disputa pelo controle interno do PPS não é nenhuma novidade. O atual presidente da legenda, Rubens de Souza, o Rubão, diz, politicamente, que disputará a reeleição se seu nome surgir de um consenso. Pretensão nós temos, afirma. Mas o grupo político que apóia a reeleição de Rubão está em rota de colisão com uma ala divergente do partido, comandada pelo ex-secretário municipal de Administração, Flávio Uchoa.

Ele avalia, no entanto, que as divergências fazem parte do mundo democrático e encara com naturalidade o surgimento de concorrentes a sua possível candidatura. Estamos maturando a conversa. O ideal é ter uma chapa de consenso, ou seja, buscar a convergência. Nosso objetivo final é eleger Ciro Gomes presidente da República.

Pandolfi explica que até o presente momento desconhece, de maneira oficial, que haverá disputa pelo controle do PPS. Pelo menos por escrito, não fui informado, comenta. O secretário-geral diz que é muito difícil avaliar conjecturas. Acredito que daqui mais alguns dias a situação vai clarear, espera.

Candidaturas 2002

A exemplo de outros partidos, o PPS também tem seus candidatáveis para as eleições do próximo ano. Pelo menos quatro nomes desfilam pelos bastidores do partido. O primeiro é o do vereador Edmundo Albuquerque (PPS), recém-filiado à legenda.

O parlamentar é um nome forte para a eleição de 2002. Em 1998, depois de ser abandonado pelo ex-deputado federal Tuga Angerami, na época no PSDB, às vésperas do pleito, Edmundo não desistiu de sua candidatura à Assembléia Legislativa e amealhou cerca de 15 mil votos. Terminada a eleição, ele não teve dúvidas: trocou de partido e se abrigou no PPS.

Outro nome cotado e que desfila na lista de candidatáveis é o do presidente da Câmara Municipal, vereador Walter Costa (PPS). As citações em relação a seu nome, no entanto, são menos constantes. Político experiente e tarimbado em articulações de bastidores, não se pode desprezar sua força.

Deixando de lado as lideranças do PPS investidos em mandatos, outros dois nomes surgem no cenário político da legenda. São ocupantes de cargo de confiança e profissionais que ocupam comando de secretarias: Raul Gomes Duarte Neto (Finanças) e Edmilson Queiroz Dias (Obras). Os dois, no entanto, são resistentes às indicações.

Oficialmente, o prefeito Nilson Costa garante que não vai se intrometer no processo sucessório do partido e nem na indicação de candidaturas. Até o momento, ele não tem comentado com interlocutores questões de preferências nos dois processos de escolha (renovação do diretório e indicação de candidaturas) que o PPS enfrentará nos próximos meses.