Srs. representantes da OAB-Bauru, coordenadores das Discussões/Enchentes, e, secretário de Obras da Prefeitura Municipal de Bauru. Prezados senhores, dia doze deste mês de setembro, reunimo-nos na Câmara Municipal de Bauru para reavaliar propostas apresentadas em Fóruns de Discussões anteriores, e se possível apresentar outras à solução de problemas de infra-estrutura, como os em pauta, das enchentes. O sr. eng. Edmilson, secretário de Obras, desenvolveu exaustivo relato das obras realizadas e a realizar, pendentes à sua Pasta, destacando-se vários quilômetros de galerias pluviais. Foi um debate proveitoso, onde todos, como sempre, apresentaram os graves problemas sofridos pelas suas comunidades, na periferia de nossa Bauru e as necessidades de urgentes soluções.
Atentamente, auscultei a fala do sr. secretário e, em determinado momento tive a idéia: desde os primórdios tempos, quando as áreas ainda não eram agredidas, as chuvas caíam e se infiltravam por igual, nas entranhas da terra e, também, quando as precipitações pluviais eram violentas, as enxurradas deslizavam pelas encostas até chegarem aos rios sem causar erosões, pois a macega protegia a terra. Veio o homem. Impermeabilizou seu pedaço, somando-se a outros e expulsou as águas, canalizando-as em galerias subterrâneas, encaminhando-as para a parte baixa da cidade numa verdadeira transferência de problemas para os outros, nas baixadas. O problema de manutenção sempre haverá, porém, na superfície e não a doze metros de profundidade como proposta primária. Assim, procedi a uma reflexão da fala do sr. eng. Edmilson e ia apresentar minha nova proposta, o que não me foi possível pela exigüidade de tempo e a adiei para esta oportunidade.
Trata essa proposta de se excluir toda e qualquer possibilidade de transferência de problemas referentes às enchentes, principalmente, das áreas nobres urbanas impermeáveis, para a parte baixa da cidade, e que as águas pluviais sejam drenadas nas referidas cisternas e que se infiltrem, com igualdade distributiva nas profundezas da terra e nela se consumam; e que nas suas caminhadas não causem transtornos ao se lançarem nos rios, causando-lhes as temidas enchentes. Finalmente, é preciso eliminar a construção de galerias pluviais e substituí-las pelas cisternas propostas. Em tempo: sr. secretário de Obras. que tal suprimir, das galerias pluviais agendadas, e, como experiência, construir numa das ruas contempladas, as cisternas que tanto recomendo?! Pois, as galerias muito oneram a Prefeitura. É o que tenho a dizer. Muito obrigado. (Diorindo Lopes)