07 de dezembro de 2025
Geral

Desafogar é preciso...

(*) N. Serra
| Tempo de leitura: 2 min

Consignemos, de imediato, um abraço de agradecimento à nossa cordial companheira de trabalho, Josefa Cunha, que, coincidentemente, como que adivinhando a necessidade que tínhamos quanto a um assunto para a nossa opinião de hoje, nos surpreendeu colocando diante de nossos olhos, com a categoria que lhe admiramos, aquelas páginas bonitas e de importante contexto publicadas pelo JC/30 sobre o enorme problema que Bauru sente, desde longa data, alusivo ao escoamento de suas águas pluviais nos dias ou horas de intensa precipitação chuvosa. Muito obrigado, prezada colega, acudindo-nos no instante em que parecíamos com a cabeça vazia de motivação. Com quem tem sorte, não se brinca, certo? Peguemos, então, o oportuno gancho que nos é gentilmente oferecido, aduzindo nossas conjecturas também sobre a problemática. A matéria da jovem repórter lembra que desde fevereiro, quando um temporal matou seis pessoas e aumentou ainda mais nossos problemas de erosões, pouco se fez para preparar a cidade com vistas ao próximo verão e que uma série de obras emergenciais será executada até dezembro. É uma alvissareira notícia, pois as torrentes pluviais, em volume assustador, que as chuvaradas canalizam para inúmeras artérias urbanas, assim como várias da área suburbana, abrem profundas crateras e invadem, sem a menor cerimônia, residências, salões comerciais e outros tipos de edificações, provocando prejuízos materiais e financeiros e cerceando o trânsito de veículos e pedestres, além do que projetam uma imagem de provincianismo que Bauru não merece. Todas as administrações municipais, às quais, nas devidas oportunidades, a imprensa tentou sensibilizar em torno das tragédias, fizeram ouvidos de mercador aos reclamos, omitindo-se quanto às providências cabíveis porque para adotá-las naturalmente teriam que enfrentar o desafio de projetos penosos e caros como o de implantar galerias para recolher as enxurradas nos logradouros estratégicos, como os citados. Certamente, faltou coragem aos gestores das coisas públicas do município e, conseqüentemente, Bauru vai vendo eternizar-se a questão que tanto depõe contra seus foros de adiantamento urbanístico. Agora, finalmente, conforme segredou o secretário e amigo Edmilson de Queiroz Dias, as medidas reclamadas estão a caminho e até parece que ligeirinhas, porque com inauguração esperada para o final de dezembro, e tomara que não venham a ser olvidas também as enchentes da Nações Unidas, Rodrigues Alves, Duque de Caxias, Batista de Carvalho e 1º de Agosto. Aleluia, aleluia! Oxalá seja isso o presente de Natal que a urbe possa ganhar, trazido, assim, pela força incomensurável das mãos do Menino Jesus. Olá, queridinho, a cidade está te esperando! É a nossa opinião.

(*) O autor, N. Serra, é o jornalista responsável do JC e delegado regional da Associação Paulista de Imprensa e da Ordem dos Velhos Jornalistas do Estado.