Os relógios devem ser adiantados em uma hora a zero hora de domingo. CPFL espera economia de 1% de energia.
A zero hora de domingo, dia 14 de outubro, entrará em vigor, pela 28.ª vez no Brasil, o horário de verão nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Estado de Tocantis. Portanto, a zero hora de domingo é preciso adiantar os relógios em uma hora. Neste ano, o horário especial é aplicado em conjunto com o Plano Emergencial de Racionamento, iniciado em junho, que visa a economia de energia.
Tradicionalmente, segundo a assessoria de imprensa da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), o horário de verão tem possibilitado uma queda na demanda máxima do sistema elétrico pelo deslocamento do horário de pico habitual. A CPFL estima que durante o período de horário de verão a redução de consumo em seu mercado, que é de 234 municípios no Interior do Estado de São Paulo, seja da ordem de 1%, informou o gerente de Operação do Sistema da empresa, Luiz Henrique Ferreira Pinto.
A projeção é equivalente a um volume de energia de 63.330 MWh, suficiente para abastecer cidades médias por vários dias (veja quadro). Em todo o Brasil, 20 Estados, além do Distrito Federal, vão integrar o horário de verão, que é decretado pelo governo federal e nesta edição vai até 17 de fevereiro de 2002, totalizando 127 dias de horário especial. Nesta edição, o horário de verão será seis dias mais curto que no período 2000-2001.
Os Estados que vão seguir o horário de verão são os seguintes: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão e Distrito Federal.
O horário especial de verão proporciona o maior aproveitamento da luminosidade natural, resultando em economia de energia elétrica. No Hemisfério Sul isso ocorre durante os meses de outubro a março. No Hemisfério Norte a mudança de horário é aplicada entre abril e outubro. Quanto mais distantes do Equador, maior diferença existe em relação à duração dos dias de inverno e verão.
No Brasil, a hora de verão foi instituída pela primeira vez em 1931. A medida foi reeditada por mais dois anos, ficando sem utilização até o ano de 1949. A partir daí, mais quatro edições foram lançadas. Na década de 60, a medida vigorou por cinco anos subseqüentes de 1963 a 1968.
A sociedade brasileira passou a conviver rotineiramente com o horário de verão a partir de 1985. Com a edição 28.ª deste ano, o Brasil registra a 17.ª aplicação consecutiva da medida. Com o Plano Emergencial de Racionamento, decretado pelo governo federal em 4 de junho deste ano, a preocupação em economizar energia tornou-se uma constante na vida do País, logo o significado do horário de verão em 2001 certamente será bem maior que o simples fato de se adiantar em 60 minutos os relógios.
O percentual de economia de energia nos 234 municípios da área de concessão da CPFL neste mês está na casa dos 26%. No primeiro mês do racionamento, em junho, a redução do consumo no mercado da CPFL atingiu os 20%. Em setembro, a distribuidora economizou 25,8% de eletricidade em toda a sua área de atuação. Já em agosto a economia obtida atingiu 24%.
No mês de julho o índice chegou a 24,6% de economia. O recorde de economia diária de energia na área de atendimento da CPFL é de 33,8%, registrado no dia 8 de setembro, um sábado posterior ao feriado da Independência do Brasil.
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