07 de dezembro de 2025
Geral

Um portuário aposentado recebeu, ontem, uma carta contendo um pó branco. A polícia crê em brincadeira de mau gosto, mas enviou o pó para análise.

Adilson Camargo
| Tempo de leitura: 2 min

Um envelope contendo pó branco, semelhante ao antraz, foi entregue, ontem de manhã, a um morador de Pederneiras.

Pederneiras - O terrorismo psicológico causado pela ameaça da bactéria antraz fez a primeira vítima na região. Trata-se de um portuário aposentado identificado apenas como Jair. Ele recebeu ontem de manhã uma carta contendo uma pequena quantidade de pó branco, semelhante à substância que tem preocupado autoridades do mundo todo.

Apesar das suspeitas de que tudo não passa de uma brincadeira de mau gosto, a Polícia Civil recolheu o material e deve encaminhá-lo hoje à Seção de Perícia Médico-Legais, vinculada ao laboratório toxicológico da Polícia Civil, em Bauru. Não há previsão para a conclusão da análise, por se tratar de uma substância ainda desconhecida. Normalmente, os laudos periciais são concluídos em um prazo que varia de 20 a 30 dias.

As suspeitas, da polícia e também da família do aposentado, de que a carta é apenas uma brincadeira são justificadas pela forma como a correspondência chegou até o seu destino.

Ao recolher a carta, na manhã de ontem, Jair notou que ela não tinha selo e nem carimbo dos Correios, o que pressupõe que o envelope tenha sido entregue por outra pessoa, que não fosse o carteiro da empresa.

A carta foi escrita à mão, com letra de forma, e tem como remetente o Centro Islâmico de Pós-Graduado, de Santos. Após várias tentativas e ferramentas de busca na Internet não foi localizado nenhum endereço que fizesse referência ao remetente.

Jair trabalhou por muito tempo no porto de Santos, mas nunca ouvir falar do tal Centro.

Apesar dos indícios de que a carta é apenas uma brincadeira, Jair, safenado, não conseguir controlar seu nervosismo, com medo de que o pó branco, dentro do envelope, fosse mesmo o famigerado antraz.

Ele ligou para a polícia e entregou a substância, que foi armazenada dentro de um saco plástico e agora deve passar por análises toxicológicas para saber do que se trata, na realidade.

A polícia não soube dizer se Jair e a esposa irão ser medicados, ou passarão por exames por terem tido contato, mesmo que superficial, com o pó. A esposa de Jair, que pediu para não ser identificada, apenas lamentou o episódio, que foi classificado por ela como sendo de extremo mau gosto. Ela também não entende o motivo de terem sido escolhidos como alvo do ataque terrorista, mesmo que seja uma brincadeira.