07 de dezembro de 2025
Geral

A modernização da economia não pára

(*) José Almodova
| Tempo de leitura: 3 min

Voltamos ao assunto (A modernização da economia), que recentemente tratamos na coluna, em 18/10), seqüenciado pelo artigo (Ao invés de aglomerar, dividir para crescer, em, 25/10). Em continuidade, buscamos completar o importante tripé em que se apóia a titulada modernização da economia, que certamente não vai parar nisso. Isto é, da maneira que sempre temos defendido a existência de uma economia única, porém, a mesma que aceita plenamente a modernização desde que nascera, porém, sem envelhecer. Voltamo-nos também para a presente inovação, isto é, para o terceiro e envolvente assunto que finalmente buscamos, O fim do custo fixo, através do qual se chega ao tripé de apoio, que em tais circunstâncias busca gerar a modernização da economia num fenômeno contínuo.

Tudo teria acontecido quando surgiu a preocupação de se atingir: O conceito de em-presa sem centro criado por uma consultoria norte-americana tem revolucionado a forma de administrar grandes empresas, não somente no mundo como também no Brasil. Em seguida, à adoção do referido novo modelo de empresa, teria motivado e levado os executivos da (segunda maior empresa de software brasileira), a Datasul , em Joinville, SC, à motivação de adotar o novo modelo de empresa sem centro. Apostando na confiança da redução dos custos fixos da própria empresa, em 1999, (estes deveriam alcançar a casa dos R$ 10 milhões, antes de dividir para crescer). Na ocasião (já com nova estrutura administrati-va), entretanto, custaram a ela, cerca de R$ 8,5 milhões, isto é, tanto como apenas 85% do que anteriormente seria previsível. Um precioso achado de nova era, o início de livrar-se de um sufoco, que de há muito vinha se tornando crítico, desde os meados dos anos 90.

Objetar custos são medidas diuturnamente buscadas nas empresas de porte, sobretudo se tratar-se de elevados custos fixos. Estes tipos permanecem inalterados independentemente do grau de ocupação da capacidade da empresa. Geralmente originam-se da própria existência da empresa, sem que se leve em conta se ela se encontra produzindo ou não. Portanto, a proposta de livrar-se (intervindo, em certas circunstâncias reduzir o custo fixo), é sempre uma tarefa preocupante, perigosa, e, geralmente propícia a insucesso.

Como exemplo, é conveniente citar que a empresa (que vimos citando como exemplo de resultado positivo), entretanto, embora a busca de redução de custos lhe fosse igualmente um assunto muito crítico, obrigava-se manter-se no ritmo de crescimento, evitando sucumbir à concorrência de novos competidores. Também convém lembrar que embora em 1999, a mesma empresa houvesse registrado crescimento razoável, fechou aquele ano sem lucro. A direção da empresa em questão, porém, não arrefeceu, porque de fato não possuíam uma empresa necessitada de capital para investir em tecnologia. E muito menos, pelo fato de não ter em mãos um tipo de mercado de produtos perecíveis, o que então poderia significar o fim. O que na verdade havia de se fazer (ato contínuo), era livrar-se da pesada estrutura com 25 departamentos e 700 funcionários, mas sem encolher. Dito e feito, ao final de 1999, o presidente/mentor recebeu a missão de dar os retoques finais e colocar o modelo para funcionar. O fato ocorreu sem perda de tempo, e, vitoriosamente. É assim que entendemos; a sociedade deve acompanhar as modernizações da economia, gerando a economia moderna (jamais, nova economia). Diz o (JE): O Brasil pode tomar novos rumos se adotar as propostas de documento produzido por economistas de diversas tendências, reunidos em torno de um projeto para o Brasil, priorizando o social.

(*) José Almodova é professor, Mestre em projeto, Arte e Sociedade pela Unesp/Bauru. É jornalista e colaborador do JC. Escreve às quintas feiras na coluna. E-mail: almodova@ig.com.br