07 de dezembro de 2025
Geral

Vereadores discutirão com prefeito solução de buracos

Gilmar Dias
| Tempo de leitura: 3 min

Um grupo de vereadores inconformados com o elevado número de buracos esparramados pela cidade deve se reunir hoje com o prefeito Nilson Costa (PPS) para exigir dele uma solução rápida do problema. O articulador do grupo, vereador Renato Purini (PV), informou, ontem, que o presidente da Câmara Municipal, Walter Costa (PPS), ficou de agendar o encontro entre Nilson e os parlamentares.

Purini explicou que a situação chegou ao limite. Ele disse que, além da Administração, os vereadores estão desgastados com a população, que também atribui a eles o caos em que se encontra as ruas e avenidas do Município.

O parlamentar acredita que se a Câmara e seus integrantes não se articularem para resolver o problema dos buracos, correm o risco de serem taxados de omissos. Temos que encontrar uma solução. Acho que a Administração deve setorizar os serviços na cidade e tentar resolver essa situação no prazo de um mês, opinou.

Outro vereador preocupado com o quadro é Paulo Eduardo Martins Neto (PFL). O pefelista afirmou que o quadro é grave. Nossa intenção é nos reunirmos com o prefeito para saber dele o que tem que ser feito para acabar com o problema dos buracos.

Para ele, a Prefeitura deveria realizar um trabalho conjugado entre a Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru (Emdurb), o Departamento de Água e Esgoto (DAE) e as Secretarias Municipais das Administrações Regionais (Sear), Meio Ambiente (Semma) e Obras. Na minha opinião, tem que ser feito um mutirão pela cidade. Hoje, as equipes estão muito divididas, avaliou.

O parlamentar lembrou que em administrações anteriores o esquema de mutirão funcionou bem. Todas as equipes vão para um único bairro e atacam os problemas por dois, três dias seguidos. Esse esquema já deu resultado no passado.

Os vereadores que vão participar da reunião com Nilson vão pedir a presença do secretário municipal de Finanças, Raul Gomes Duarte Neto. José Humberto Santana (PV) acredita que há dinheiro em caixa. Ele justifica sua afirmação embasada no anúncio do superávit de R$ 10 milhões do orçamento deste ano.

Se acabaram com a erosão da avenida Waldemar G. Ferreira e viabilizaram as obras das ruas Cuba e Mara Lúcia é porque tem dinheiro para deslanchar, cobrou. Já na opinião do líder do prefeito na Câmara, Milton Dota Jr. (PTB), a falha está na concentração da operação, dividida entre a Sear e a Secretaria de Obras. Existe a falta de um comando único, reclamou.

Mas a opinião de que a Administração deve colocar em prática um plano emergencial para acabar com os buracos nas ruas da cidade não é unânime. O vereador Osvaldo Paquito (PL), por exemplo, disse que o prefeito não tem culpa da situação. O prefeito não tem prazer em não tapar buraco. Ele não deixa de fazer isso simplesmente porque não quer.

Na avaliação do parlamentar, Nilson não tem dinheiro suficiente para atender a enorme demanda de obras do Município. É preciso cobrar judicialmente a dívida de R$ 100 milhões por conta do calote de contribuintes que não pagam o ISS e o IPTU em dia. Antes de reclamar, o cidadão deveria se perguntar se está em dia com seus impostos, defendeu.

Situação é de normalidade

O prefeito Nilson Costa (PPS) afirmou, ontem, que o ritmo da operação tapa-buracos segue com normalidade. A situação é de normalidade, avaliou. Ele explicou que de dez a 12 caminhões percorrem a cidade diariamente para executar os serviços de tapa-buracos.

Estamos operando nossa usina de asfalto na capacidade máxima, disse. Nilson, no entanto, informou que a unidade necessita de reformas - avaliadas em cerca de R$ 120 mil - que vão dobrar a capacidade de produção. Vamos iniciar a reforma no início do ano. Essa usina tem quase 30 anos de atividades e nunca foi reformada.

O prefeito garantiu que não faz parte de seus planos a terceirização da operação tapa-buracos. Se fizermos um contrato para terceirizar o serviço, vão dizer que é para fraudar. Não vamos nos desesperar. Nilson ainda não havia sido informado sobre a reunião com os vereadores.