07 de dezembro de 2025
Geral

Carcereiro afastado é levado para presídio da Polícia Civil na Capital

Ieda Rodrigues
| Tempo de leitura: 2 min

O carcereiro Fernando César Rodrigues, suspeito de ter ajudado a dar fuga aos presos da Cadeia Pública de Bauru, na madrugada de domingo, foi transferido para o Presídio da Polícia Civil, na Capital, no final da tarde de ontem. Ele foi preso na segunda-feira à tarde, pela própria Polícia Civil, após um ex-presidiário denunciar que o carcereiro havia colaborado com a fuga em troca de R$ 15 mil, versão negada por Rodrigues.

Desde então, Rodrigues estava preso temporariamente na cela existente no 1.º Distrito Policial. O prazo da prisão temporária vence à meia-noite de sexta-feira. Diante dos novos dados obtidos pelo delegado Antônio Carlos Piccino, delegado corregedor da Delegacia Seccional de Bauru, que apura a suspeita de envolvimento de Rodrigues na fuga dos presos, deve ser solicitada a prorrogação da prisão temporária do carcereiro.

Ontem, Piccino ouviu uma pessoa, presa no domingo, que confessou ter participado do resgate. Ela disse ao delegado que ficou no carro enquanto seus colegas entraram no Cadeião e que não viu armas. Para o delegado, o novo depoimento reforça as suspeitas de envolvimento de Rodrigues na fuga porque as versões do carcereiro, do agente policial e da pessoa que confessou ter participado do resgate não batem.

As investigações continuam. Agora, Piccino vai ouvir outros presos, que foram recapturados, para questionar sobre o uso ou não de armas por parte dos homens que entraram no Cadeião na madrugada de domingo para levar Reginaldo José dos Santos.

Até ontem à tarde, Santos, que foi preso no mesmo dia que fugiu, não havia dado nenhuma declaração ao delegado corregedor sobre o que ocorreu. De acordo com Piccino, as empresas de telefonia já colocaram à disposição da Polícia Civil dados sobre ligações feitas e recebidas pelos telefone fixo e celular de Rodrigues, de um telefone público instalado no Cadeião e de um celular apreendido com Santos.

Os dados ainda não foram checados para verificar se Rodrigues fez, e para qual número, alguma ligação por volta da meia noite de domingo, antes da fuga. Ao ter acesso a esses dados, Piccino espera esclarecer se é verdade que o carcereiro ligou para o grupo para avisar que poderia seguir para o Cadeião. Os outros homens que deram fuga a Santos continuam sendo procurados e, se presos, podem ajudar a apurar o caso.