O rapaz, preso pela Dise, distribuiria a droga na Zona Sul da cidade. A cocaína era escondida em terreno baldio.
A Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes (Dise) de Bauru prendeu, ontem, S.L.B., acusado de abastecer os viciados em cocaína da Zona Sul da cidade. Sete papelotes com a droga estavam em um terreno baldio existente no cruzamento das ruas Vivaldo Guimarães com Antônio Xavier de Mendonça, próximo do Bosque da Comunidade do Jardim Dona Sarah.
A apreensão é resultado de uma investigação da Dise iniciada há mais de 40 dias, segundo o delegado José Henrique Gomes dos Santos, titular da delegacia. A equipe de investigações que trabalhava no caso conseguiu descobrir a identidade do traficante, contatos e informações que serão usadas para investigações posteriores, disse.
Com mandado de busca expedido pela Justiça, os investigadores estiveram ontem na residência do acusado, no Núcleo Edson Bastos Gasparini. Não encontramos nenhum porção da droga, mas localizamos uma balança de precisão, dois rolos de fita crepe, R$ 110,00 em cédulas de R$ 10,00 e uma porção de bicarbonato, próprio para confecção de crack, contou o delegado.
Questionado sobre o depósito da droga, S.L.B., proprietário de um bar, acabou levando os policiais para um terreno da Zona Sul da cidade, onde os papelotes de cocaína estavam envoltos em plástico e cobertos por papel.
A droga foi apreendida e o acusado autuado em flagrante por tráfico, artigo 12 da Lei 6368/76. O crime, que é inafiançável, levou o comerciante para a cadeia.
Tráfico preocupante
O tráfico de entorpecente é um crime que preocupa não só as autoridades policiais, como toda a sociedade. É o crime que leva muitos jovens a envolverem-se com a marginalidade, uma vez que viciados e sem condições de manter o vício, eles passam a praticar pequenos furtos e evoluem para o roubo e muitos chegam a matar.
S.L.B., segundo o delegado, distribuía cocaína para os viciados que moram na Zona Sul. Ele usaria o terreno baldio como depósito para a droga, a fim de livrar-se de um possível flagrante em sua residência. O artifício também o livrava de uma possível denúncia de vizinhos, uma vez que a entrega da droga não era feita em sua casa.
O acusado, segundo a polícia, comercializava a cocaína pelo seu celular. O comprador ligava para ele e pedia a quantia desejada. Ele passava no terreno baldio, pegava a droga e fazia a entrega, disse José Henrique Gomes dos Santos. O delegado lembra que vários contatos feitos com o acusado serão investigados.