As invasões e depredações ocorrem principalmente no Centro da cidade e segundo corretor, são reflexos da economia
Vidros e pisos quebrados, portas e janelas arrombadas e fiação elétrica furtada. Esses são cenários encontrados freqüentemente em imóveis vazios localizados principalmente no Centro da cidade. As invasões, que têm aumentado nos últimos anos, causam prejuízos para imobiliárias e proprietários.
De acordo com Emílio Viegas, da Viegas Consultoria Imobiliária, os principais alvos de invasões e destruições são casas à disposição para venda ou locação. Os invasores, que ele acredita que sejam meninos desocupados e cheiradores de cola, destroem até mesmo as fiações das casas.
São danificados pisos, portas, janelas, pintura de paredes, peças de banheiros e fiação elétrica. Em alguns casos, os depredadores chegam a defecar no carpete da casa, ou arrancá-lo para utilizar como cobertor, segundo Viegas. Qualquer imóvel no Centro que fique vazio vai sofrer invasão, atos de vandalismo e ocupação por meliantes, frisa.
Viegas conta que as ocorrências desse gênero tiveram início há cerca de cinco anos e têm aumentado gradativamente. Percebemos que eles não querem simplesmente um abrigo, mas fazem coisas para deixar a casa em estado precário, expõe.
Uma das mais recentes vítimas de atos de vandalismo foi uma casa localizada na quadra 3 da rua Bandeirantes, no Centro.
O imóvel, que fica quase em frente à antiga sede do 3.º Distrito Policial (DP), teve seus vidros estilhaçados por pedras atiradas contra as janelas. Viegas sugere o ativamento da parte do prédio antigamente utilizada pelo 3.º DP para tentar coibir as invasões no imóvel. Foi só colocar a placa de aluga-se para eles agirem, destaca.
A segurança deixa muito a desejar na parte central da cidade. O Centro é a área mais vulnerável, mas não é apenas lá que acontecem esses problemas, enfatiza Maria Lúcia Barbosa, corretora da Aiello Empreendimentos.
A corretora afirma que quando os invasores entram na casa e não conseguem levar os objetos que desejam, eles quebram e danificam a estrutura do imóvel.
Para Viegas, os atos de vandalismo são reflexos da economia do País, assim como do déficit na Educação e da política mal direcionada.
Além disso, ele acredita na necessidade de que a fiscalização e o policiamento sejam intensificados na região central, e sugere a revitalização do Centro da cidade, no sentido de que haja mais circulação de pessoas no período noturno. É difícil coibir porque você arruma os estragos e no dia seguinte eles voltam e fazem a mesma coisa, acrescenta.
Para driblar a dificuldade, as imobiliárias procuram evitar a colocação de placas para que as pessoas não saibam que o imóvel está vazio.