O meu coração estava ferido, então você apareceu como um amigo em outubro de 2000. Começamos a nos corresponder por carta (você lá em Sorocaba) e a nos falar por telefone. Você dizia que gostaria de me conhecer pessoalmente, que sempre estava em Presidente Alves na casa de seus pais e viria até aqui para me conhecer.
Eu nunca menti para você. Sempre disse que tinha medo de me apaixonar e sofrer. Em dezembro, no dia 24, foi quando nós nos conhecemos. Senti-me envolvida por você, conversamos um pouco e logo você se foi. Me ligou à noite e fez-me juras de amor que eram somente palavras. Na véspera do ano novo nos vimos novamente e ficamos juntos, então iniciou-se um namoro de cinco meses.
Você realmente sabe fazer uma mulher feliz e completa. Sobrava-me amor, mas eu tinha medo de dizer. Sim, eu te amava, mas da minha maneira, no meu silêncio, no meu olhar, você sabia que eu o amava mas queria ter certeza. Mas eu com minha mania de fazer as coisas sem pensar, agi de uma maneira que não lhe agradou, pedi desculpas, você me perdoou. Levamos o namoro até o nosso último encontro que foi na Páscoa, lembra?
Mais uma vez eu errei, quis terminar tudo, você não se impôs, aceitou numa boa, mas continuamos amigos. Queria voltar para você mas não sabia como lhe dizer isto, tinha medo eu não conseguia mais ficar longe de você.
Quando tive coragem era tarde demais, uma outra pessoa havia tomado meu lugar. Você dizia que estava bem, que ainda me amava, mas que não podia largar sua namorada, pois tinha medo de sofrer.
Sofri muito com isto, chorei tudo o que tinha direito. No dia 24 de julho de 2001, você veio até minha casa. Quando meus olhos encontraram os teus nós dois vimos quanto amor ainda existia. Nos abraçamos e conversamos um pouco e depois você partiu, deu um beijo em meu pescoço e foi. Levou minha alma e minha vida com você. Eu o amava tanto.
Nos falamos mais vezes mas eu preferi ficar quieta no meu canto, não queria mais ir atrás, desisti. Tentei mas foi em vão. Meu coração o desejava e eu liguei para você e você para mim.
Mas você estava com sua namorada, a quem o destino - tão irônico - deu o mesmo nome que o meu. Fizeram uma intriga entre nós dois em setembro e você me ligou dizendo para eu me esquecer que você existia. Sofri muito com isto, não deu tempo nem de me defender. Então calei-me, mas não queria que me odiasse. Mandei vários e-mails para você, explicando tudo. Então me respondeu dizendo que nunca me odiaria, que não poderia odiar alguém que fez e faz parte da sua vida, mas nunca mais nós nos falamos eu sou muito orgulhosa e acho que você também.
O mundo dá muitas voltas e no dia 15 de novembro de 2001, passando na frente da casa da sua tia, vi você. Meu coração pulou no meu peito e minha alma ia ao encontro da sua, somente eu e você sabemos o que sentimos e os nossos olhos que se cruzaram na distância e nossos lábios que se beijaram naquele silêncio. Nada disse e nem precisava pois o mundo parou naquele momento e nos mostrou que somos um só, eu e você. Mostrou ainda que nós nos amamos e que não haverá ninguém neste mundo que tomará nossos lugares.
Te amo, meu anjo!
De sua princesa,
Mimi