Todos os homens presos pelo assalto de cerca de R$ 2 milhões de avião, em Bauru, foram condenados a mais de 19 anos.
A Justiça Federal condenou os dez envolvidos no assalto de mais de R$ 2 milhões pertencentes ao Banco do Brasil, ocorrido em setembro deste ano, no aeroporto de Bauru. Seis integrantes da quadrilha foram condenados a 19 anos de reclusão em regime fechado. Os outros quatro foram condenados a 22 anos, em regime fechado.
O caso ainda cabe recurso. Os dez acusados, todos de São Paulo, foram condenados por roubo, formação de quadrilha e contrabando (uso de armas estrangeiras e proibidas). José Aparecido Tosto, Eduardo de Jesus Caparoz, Luciano Pereira de Andrade e Eduardo Oliveira Guimarães negaram a participação no crime.
Eles apresentaram versão fantasiosa, documentação falsa e foram condenados a 22 anos de reclusão. A pena deve ser cumprida integralmente no regime fechado em estabelecimento de segurança máxima.
Rodrigo de Oliveira Lazo, Valter Mendes da Silva, Marcelo Ribeiro, Fabian Lopes Louzada, Atemildo José da Silva e Emerson de Oliveira Pires foram condenados a 19 anos de reclusão com cumprimento integral da pena em regime fechado. Como seus companheiros, eles terão que cumprir a pena em estabelecimento prisional de segurança máxima.
No dia 12 de setembro deste ano, pouco antes das 11 horas, os ocupantes de uma caminhonete Ranger de cor vinho, de uma Blazer prata e de um Golf verde, fortemente armados e encapuzados, invadiram a pista de pouso e interceptaram a aeronave de prefixo PT-RAA, que encontrava-se em procedimento de decolagem.
Os assaltantes subtraíram sete dos dez malotes de dinheiro. Após a ação rápida, os assaltantes levaram um revólver da empresa de segurança e acabaram deixando cair um dos malotes. A empresa de segurança e a Polícia Militar iniciaram perseguição aos assaltantes, que efetuaram diversos disparos em direção à viatura.
O Golf foi abandonado em chamas em uma estrada vicinal. A Ranger e a Blazer, ambas produto de roubo, foram abandonadas em Lençóis Paulista. Os ladrões passaram então a fugir em uma carreta Volvo pela rodovia João Mellão, no sentido de Avaré.
O caminhão foi interceptado pela Polícia Rodoviária próximo ao trevo da rodovia Castelo Branco, já perto de Avaré. Um dos ocupantes da cabine do caminhão conseguiu fugir, mas a Polícia Militar prendeu dez homens que estavam na caçamba do caminhão.
Na caçamba foram encontrados farto e pesado armamento, além dos malotes roubados, um dos quais com o lacre rompido, tendo sido constatado que dele faltavam R$ 10 mil. Os demais estavam intactos, com todo o dinheiro. Na carreta havia ainda coletes e camisetas com emblemas da Polícia Federal, adesivos para viaturas, vários aparelhos celulares, coletes à prova de bala, capuzes e um molho de chaves.
Posteriormente, a polícia descobriu que o molho de chaves era de dois apartamentos alugados pela quadrilha, com vistas para o aeroporto local.