Os investimentos feitos em Segurança Pública são insuficientes para coibir a violência, na opinião do coronel Nilson Giraldi. “Não se faz segurança pública sem investimentos maciços. Se dessem à polícia paulista as mesmas condições que tem a polícia de Nova York, os índices de violência seriam reduzidos aos mesmos patamares.â€
A ausência de representantes das polícias nas grandes decisões sobre a segurança pública é outro fator apontado por Giraldi. “Planos e mais planos feitos sem a participação da polícia pode provocar mais estímulos do que soluções, mesmo porque as discussões são feitas por quem não tem intimidade com o assuntoâ€, afirma.
A morosidade da Justiça no julgamento e na aplicação imediata e rigorosa da pena é apontada pelo coronel como mais um fator de estímulo à violência. “O Estado precisa ajustar as Leis para atender os anseios da sociedade. É necessário modernizar o sistema criminal e prisional. A certeza e a aplicação rigorosa e imediata da pena inibirá a violência; o contrário, a estimulará. É preciso que o Legislativo, Executivo e Judiciário se unam para agilizar as Leis.â€
A desmoralização da polícia, segundo o coronel, é outro problema que estimula a violência. “A desmoralização da polícia pela generalização de fatos negativos isolados ou não merecidos, desestimula seus integrantes que estão executando um bom trabalho. A PM do Estado de São Paulo, por exemplo, tem, em média, um integrante assassinado por dia e prende em flagrante 7 mil criminosos ao mês(recorde mundial), atuando dentro do maior quadro de violência urbana do mundo.â€
Para a PM, ele aponta soluções; treinamento armado, armamento adequado, viaturas modernas, helicóptero, protetores balísticos, tecnologia de ponta, Leis que dêem sustentação ao seu trabalho entre outras. “Na Grande São Paulo, a proporção polícia/povo deve ser um PM para cada 120 pessoas. Em locais menos perigosos, deveria ser1/250.â€