Lins – Nélson Ferreira júnior, 38 anos, foi morto pela Polícia Militar de Lins no início da madrugada de ontem, supostamente após ferir um policial com uma faca. Ele foi atingido por quatro tiros. O fato ocorreu na casa da vítima.
De acordo com informações da Delegacia de Polícia de Lins, por volta das 23 horas de domingo, os pais de Nélson chamaram a Polícia Militar para ajudar num atrito familiar com o filho. Segundo a polícia, Nélson apresentava alteração de comportamento com alguma freqüência, o que serviria de motivo para constantes brigas na casa da família.
Ao chegar no local, a mãe de Nélson, segundo a polícia, teria informado aos policiais que o filho havia saído com um mototaxista. Os PMs teriam orientado a família para que acionasse a polícia novamente caso Nélson voltasse agressivo.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, depois de aproximadamente uma hora, a família solicitou novamente a presença da PM na casa. Duas viaturas foram enviadas para o local.
A mãe de Nélson teria dito aos policiais que o filho estava com uma faca na mão que, segundo a descrição no boletim de ocorrência, seria de cabo branco, tipo açogueiro.
Com o consentimento da família, os policiais entraram na residência. Nélson teria baixado a faca e, em seguida, fechado a porta do quarto onde estava. O cabo Castro abriu a porta do quarto, pois pretendia deixar Nélson sob a visão da equipe. Nesse momento, Nélson teria avançado contra o cabo Castro e o ferido com uma facada no abdome. Castro teria atirado quatro vezes contra Nélson. Os tiros também teriam atingido de raspão os cabos Eugênio da Silva e Cláudio Roberto do Prado. Uma das balas atingiu a perna do policial Carlos Alberto Ferreira Pinto.
Uma viatura de resgate do Corpo de Bombeiros prestou socorro a Nélson, que deu entrada na Santa Casa de Misericórdia de Lins, onde faleceu minutos depois. Os policiais militares foram socorridos para o Hospital de Base de Lins e não correm risco de morte. Até o começo da noite o policial Carlos Alberto permancia hospitalizado, com uma bala alojada na perna.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil que instaurou inquérito para apurar os fatos e também pelo comando da PM que deve instaurar processo administrativo.