07 de dezembro de 2025
Infonews

Dicas para melhorar a pesquisa

Redação
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A Internet é valiosa para a educação, mas empregá-la sem critério nem sempre gera resultados satisfatórios. “As nossas pesquisas mostram que, em aproximadamente 70% dos casos, os alunos gastam muito tempo procurando na rede e não sabem selecionar as informações corretas”, afirma Frederic Litto, coordenador científico da Escola do Futuro (www. futuro.usp.br), departamento da USP que pesquisa o uso da tecnologia no aprendizado.

Para encontrar informações relevantes, é preciso seguir algumas diretrizes, que devem ser estabelecidas pelo professor: “Sem orientação, o aluno vai naufragar em vez de navegar na internet”, acredita Silvia Fichmann, que é coordenadora de projetos da Escola do Futuro.

Segundo a professora, “o principal engano dos alunos é entrar no primeiro site que encontram e achar que a informação contida é correta”. Na opinião de Fichmann, é preciso “comparar as informações de vários sites e tentar analisar qual é a mais completa”.

Também vale a pena avaliar a credibilidade de uma página antes de confiar nela: “Ao buscar uma informação, é preciso saber qual é a procedência do site, buscar alguma referência”. Por esse motivo, a professora recomenda as páginas mantidas por “universidades conceituadas”, cuja precisão tende a ser maior.

Ao acessar um site independente, a solução é verificar a bibliografia utilizada em sua redação, pois ela permite verificar se as fontes de informação presentes são adequadas.

“Existem informações que foram colocadas na internet cinco anos atrás, mas continuam no ar, e o aluno não sabe que elas já estão ultrapassadas”, diz Fichmann. É importante verificar a data de publicação das páginas consultadas. Quando isso não for possível, comparar o conteúdo de vários sites ajuda a evitar erros.

Na opinião da professora, a internet “traz muitos benefícios”, mas a prática de cola on-line “é muito comum”. Para evitar que os alunos plagiem textos da rede na elaboração de seus trabalhos escolares, ela recomenda que os professores adotem uma estratégia diferente: “A proposta da pesquisa não deve ser uma tema, mas uma questão cuja resposta o aluno não encontre pronta”.

Nos EUA, sites como o Turnitin (www.turnitin.com) e o PlagiServe (www.plagiserve.com) desenvolvem tecnologias que supostamente ajudam a desmascarar alunos que fazem plágio virtual.