07 de dezembro de 2025
Entrelinhas

Entrelinha

Redação
| Tempo de leitura: 3 min

• Há um ano

Foi no dia 8 de fevereiro do ano passado que a cidade foi castigada por uma forte chuva, que matou, de imediato, quatro pessoas em consequência das enchentes. Outras três morreram vítimas da erosão da avenida Waldemar G. Ferreira, na Vila Industrial. Neste início de ano, embora fortes, as chuvas de verão, felizmente, não fizeram vítimas fatais.

• Caos urbano

Mesmo assim, basta uma chuva um pouco mais forte para a cidade revelar os problemas estruturais dos quais é vítima nos últimos anos, por falta de providências. Bairros inteiros e pontos da avenida Nações Unidas continuam se transformando em verdadeiros rios. O projeto do piscinão é a luz que começa a aparecer no fundo do túnel. É aguardar para ver se sai do papel.

• Plano de saúde

Os servidores vão ficar sabendo hoje o nome da empresa que vai prestar a eles o serviço de assistência médica, hospitalar e odontológica. Ontem, a comissão de licitação abriu os envelopes com as propostas das empresas que disputam a prestação do serviço. Até o final da tarde de hoje, o secretário municipal da Administração, Luiz Freitas, anunciará a empresa vencedora.

• Sem fantasmas

O secretário de Obras, Edmilson Queiroz Dias, respondeu com entrega de uma obra o “olho gordo” que lhe é dirigido por críticos internos. Ontem à tarde, ele afirmou que não iria responder a “fantasmas” (correligionários e colegas de Executivo que o querem ver pelas costas), mas que estava liberando a ponte do Beija-Flor, um dos pontos críticos das últimas chuvas.

• Sem condução

Alunos de Tibiriçá do ensino médio estão impossibilitados de voltar às aulas. A Prefeitura mantinha três ônibus, no ano passado. Neste ano, somente um veículo está buscando os alunos do distrito, mas só para quem estuda até a 8ª. série. A Prefeitura deverá alegar que o problema é que o Estado não arca com seus alunos.

• Sem solução

O vereador José Clemente Rezende (PSB) lamenta a situação. Ele lembra que no ano passado a Justiça julgou que a responsabilidade pelo transporte é da Prefeitura. Quanto ao não-repasse de recursos pelo Estado, é uma realidade. Porém, a situação é antiga e nem por isso a Prefeitura deixou de responder pelo serviço.

• Depois do apagão

A CPFL, que engordou seu caixa reclamando para o governo que teve prejuízos com o apagão, vai incentivar as pessoas a consumir mais energia. A concessionária justifica que não vai fazer apologia ao desperdício. Nem precisa, tendo em vista a cultura brasileira na utilização de serviços públicos. Antes disso, a CPFL deveria agir para reduzir as reclamações contra os serviços prestados.

• Dinheiro

Sempre que pode ou é cobrado, o prefeito Nilson Costa gosta de repetir que pegou a cidade em pedaços e com muitas dívidas. Contudo, o balanço oficial publicado nesta semana mostra que a Prefeitura teve um bom reforço de caixa em 2001. A previsão orçamentária ficou tão acanhada que a Prefeitura arrecadou R$ 14 milhões a mais do que previu. Bem ao estilo do atual secretário de Finanças: uma espécie de choro de barriga cheia...