O vereador José Eduardo Fernandes Ávila (PPB) não é contra a construção de um CDP em Bauru, mas vê a instalação da unidade prisional com ressalvas. â€œÉ um mal necessário, mas temos que ficar de olho para que receba apenas presos da cidade e região, e não da Capital, como ocorreu com as penitenciárias 1 e 2 e o IPAâ€, diz.
Ávila ressalta que na época da construção das duas penitenciárias de Bauru, a previsão era abrigar apenas os presos da região, no entanto hoje 90% da população carcerária são de São Paulo. “Queríamos que o Governo assumisse por escrito o compromisso de não trazer para o CDP de Bauru presos da Capital, para que não acabe superlotado como as penitenciárias 1 e 2, que têm capacidade para 538 pessoas cada uma, mas abrigam quase o dobroâ€, ressalta.
Além da superlotação, o vereador preocupa-se com a mudança para Bauru de famílias de presos da Capital que porventura sejam transferidos para o CDP. “O que vemos na P1 e P2 e no IPA é que as famílias acabam acompanhando os presos e mudando-se para Bauru. A conseqüência é o agravamento do desemprego e o aumento na demanda de serviços de saúde e educação. Recentemente, chegaram cem presos da Capital para o IPA e outros 20 para a P2, incluindo membros do PCC (Primeiro Comando da Capital)â€, afirma Ávila.