07 de dezembro de 2025
Regional

Criação de regionais é adiada em S. Manuel

Adilson Camargo
| Tempo de leitura: 2 min

São Manuel - Em uma sessão tumultuada e diante de manobras regimentais de vereadores da situação e da oposição, a Câmara Municipal de São Manuel adiou a votação do projeto de lei que cria 11 centros regionais administrativos. Depois de ser aprovado em primeira votação por oito votos contra sete, o projeto foi submetido à segunda votação, exigida pelo Regimento Interno da Câmara, mas em razão da ausência de um vereador da oposição, que se retirou do plenário, a decisão foi adiada. Ainda não há data para nova votação.

A atitude do vereador Saulo Brombini (PST) foi uma manobra planejada pelos vereadores da oposição. De acordo com o regimento da câmara, para ser aprovado o projeto de lei precisa da aprovação da maioria absoluta dos vereadores, ou seja, oito votos. Sem a presença de um vereador da oposição, a votação ficaria em sete a seis e o projeto seria rejeitado.

Diante dessa situação, a bancada favorável ao projeto também se retirou do plenário e forçou o adiamento da votação, por falta de quórum. Na primeira votação, o projeto de lei recebeu os oito votos necessários à sua aprovação depois de proferido o voto de minerva pelo presidente da Câmara, Jair José Micheleto (PSDB). Pelas regras estabelecidas, o presidente vota somente em caso de empate. Como não haveria empate na segunda votação não seria preciso o voto do presidente.

O projeto prevê a criação de 11 regionais, que por sua vez possibilitaria a implantação de 11 Programas de Saúde da Família. Com isso, o prefeito Flávio Roberto Massarelli Silva (PSB) pretende colocar 15 médicos à disposição das regionais, com o objetivo de melhorar o atendimento médico em toda a cidade.

No entanto, o projeto encontra resistência. “Pode ser legal, mas é imoral (o projeto)”, classificou o vereador Brombini. “Se for preciso, eu me retiro do plenário novamente. Esse projeto só prejudica o município, pois gera um custo muito alto”, disse o vereador.

Além de considerar exagerada a quantidade de regionais (a cidade de São Paulo com seus dez milhões de habitantes tem 30), os vereadores contrários ao projeto reclamam também dos 22 cargos de livre nomeação que o prefeito teria à sua disposição. Os salários variam de acordo com a função entre R$ 262,00 e R$ 792,00. â€œÉ um verdadeiro cabide de emprego”, acusou Brombini.