Machado de Assis

Há muito desejo conhecer os grandes clássicos da literatura brasileira, porém, somente agora, na maturidade, tive a oportunidade de iniciar o longo trajeto, justamente por um dos maiores gênios, Machado de Assis. Lendo “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, logo no início da obra, em seu delírio de morte, Brás Cubas refere-se ao “encontro” com “Pandora”, a “Natureza”, que insiste em querer resgatar a vida a ele emprestada um dia. Diz Machado: “Um vulto imenso, uma figura de mulher me apareceu então, fitando-me uns olhos retilantes como o sol.”

“Arrebatou-me ao alto de uma montanha” “Imagina eu leitor, uma redução dos séculos e um desfilar de todos eles, as raças todas, todas as paixões, o tumulto dos impérios, a guerra dos apetites de ódios, a destruição recíproca dos seres e das coisas.”

Também Jesus, segundo descreve São Mateus 4.8: “.. O transportou o diabo a um monte muito alto, e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles.” E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostado, me adorares.” Porém, Brás Cubas aceita “viajar” com Pandora, porém Cristo repudia o diabo e o despede... (Cilene Moreira Campos - RG: 9.490.743-SSP-SP)