Lins - A polícia prendeu anteontem Alessandro Aparecido Marques Gonçalves, 29 anos, acusado de usar um CRM (registro de médico) clonado e atender pacientes em três hospitais particulares da Capital e na Santa Casa de Lins (100 quilômetros de Bauru).
Ele usava o registro de um médico da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que tinha o nome semelhante ao seu. Segundo o delegado Antônio de Olim, Gonçalves foi detido em Belo Oriente (MG), acusado de exercer ilegalmente a medicina. Ele foi autuado por falsidade ideológica.
A investigação começou em Lins, onde Gonçalves atuava. Olim afirma que o falso médico, como ortopedista, realizou cirurgias e prejudicou pacientes. Depois de dez dias de investigação na Capital, Gonçalves foi preso no Hospital Vasco da Gama.
Pela manhã, ele havia atendido 30 pacientes. A polícia acredita que o acusado ganhava até R$ 10 mil por mês. O Hospital Vasco da Gama diz que se considera “vítima” do falsário e afirma que ele foi contratado por meio de uma empresa terceirizada chamada Amot.
O Hospital Panamericano, onde ele também atuava, diz que o “médico” era funcionário da empresa RLF. A reportagem procurou pelos responsáveis -Hospital Vila Matilde, Amot e RLF, mas ninguém foi encontrado. O acusado não quis falar.