21 de dezembro de 2025
Cultura

Filme parodia as comédias românticas

Da Redação
| Tempo de leitura: 2 min

Paródias da própria indústria sempre foram comuns no cinema – vide sucessos como “Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu”, “Corra que a Polícia Vem Aí” e “Top Gang”, para ficar em exemplos freqüentes nas “sessões da tarde”. A fórmula foi ressuscitada pelos irmãos Wayans com a série “Todo Mundo em Pânico”, que pegava carona no boom de filmes de terror adolescente, acrescentando piadas sobre sexo, drogas e muita escatologia.

Os três “Todo Mundo em Pânico” já renderam cerca de US$ 350 milhões e um quarto filme estréia neste mês. Agora Hollywood tenta lucrar ao tirar sarro das comédias românticas, mas poucas cenas em “Uma Comédia Nada Romântica”, única estréia do final de semana nos cinemas de Bauru, serão capazes de provocar mais do que um riso discreto no público.

As piadas escatológicas e sexuais estão todas lá, mas são as mesmas de todas as comédias que seguiram por esse caminho nos últimos anos – as melhores, inclusive, estão no trailer.

O filme acompanha a solitária Julia Jones (Alyson Hannigan, de “American Pie”) - uma versão mais fortinha e americana de Bridget Jones -, garota desesperada para encontrar um amor. Depois de conhecer o bonitão inglês Grant Funckyerdoder (Adam Campbell) e praticamente matá-lo, Julia apela para um conselheiro amoroso, que a “prepara” para a “batalha do amor”. Turbinada, a menina literalmente terá de matar outras concorrentes em um reality show para conseguir ficar com um homem solteiro.

O roteiro vazio, como na série que satiriza “Pânico”, é um amontoado de cenas que parodiam praticamente todas as comédias românticas de sucesso, de “O Casamento do Meu Melhor Amigo” e “Entrando Numa Fria” a “Casamento Grego”, incluindo referências diretas a atrizes que se consagraram como protagonistas do gênero, como Meg Ryan, Jennifer Lopez e Reese Witherspoon.

No entanto, mesmo as cenas mais bem sacadas de “Uma Comédia Nada Romântica” ficam longe do humor dos irmãos Wayans, que conseguem bons momentos em seus filmes. Exemplo é o trailer de “Todo Mundo em Pânico 4”, que começa em referência direta a “Guerra dos Mundos”: ao invés de um trípode alienígena, quem ataca a humanidade é um iPod gigante. Talvez os filmes de terror tenham melhores elementos a parodiar do que as comédias românticas.