20 de dezembro de 2025
Pesca & Lazer

História de pescador: Conversa de pescadores


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Lugar, rio Batalha, a ponte do Clavinote. Lá eu estava tentando fisgar uns lambaris e os pescadores ao lado contando suas lorotas de pescarias e eles nem vermelhos ficavam das mentiras que diziam. Um deles saiu com esta: “Eu estive ontem aqui e peguei cinco piaparas e seis piavas e lambaris que perdi a conta”.

Aí eu fico pensando; “- Será que é só eu que não dou uma dentro, ou eu venho um dia adiantado, ou chego um dia atrasado, não consigo acertar uma, pô”.

Aí outro começa a contar que tinha ido pescar em Jurumirim e disse que só ele sabia o ponto exato das piaparas. Ele contava os pilares da ponte, só não dizia quantos, e aí ele começava a pescaria, era só lançar o molinete, lá vinha a bicha pulando no anzol, era uma atrás da outra.

Aí eu fiquei curioso e perguntei: “Qual era a isca?”. Ele disse: “- Milho”. Eu disse: “- Milho verde?”. Ele falou: “- Não! Milho duro mesmo”. Eu perguntei como ele fazia para iscar. “- É fácil”, respondeu. “- Eu em casa pego uma furadeira e com uma broca bem fininha vou furando um a um, eu levo cada pescaria uns 200 grãos de milho furado”. “- Eta pescador da pesada”, pensei. Depois desta eu pego a vara, vou enrolando a linha e vou saindo de fininho, para voltar outro dia e ver se acerto uma, porque depois desta não dá mais, tá!?

Florindo Martins é pescador de barranca de rio e contador de histórias.