12 de maio de 2025
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Entrelinhas

Entrelinha

Da Redação
| Tempo de leitura: 3 min

• CEI da Sear

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura irregularidades na Sear vai ouvir o ex-titular da pasta Nélson Fio hoje de manhã, em uma situação um pouco diferente de comissões do gênero dos anos anteriores. É que Fio será indagado sobre irregularidades já confirmadas na pasta, ao invés de responder, como em geral ocorre, sobre perguntas se esta ou aquela ação ilegal aconteceu ou não.

• Notas frias

Uma das questões é a existência, já comprovada por investigação interna da própria prefeitura, de nota fria ou esquema de esquentar notas na Sear. Já é de conhecimento público que foi utilizado o expediente de se realizar um determinado serviço ou compra em um local, quando a entrega ou prestação veio de outro endereço. Resta saber se o ex-secretário concordou com isso, foi conivente ou não sabia de nada.

• Questão legal

A CEI da Sear também apura eventuais contratos de publicidade realizados pelo DAE, mas aqui cabem duas questões que podem levantar discussão sobre ilegalidade depois. Uma é a de que o objeto da CEI, aquilo que se apura, é genérico e sem descrição objetiva – o que é questionável neste aspecto. Além disso, a medida está permitindo que a comissão solicite documentos que não estão definidos no rol de sua atribuição.

• Jornal Atitude

Ao não especificar, a CEI passa a trazer para seu interior documentos e temas não explicados. Um deles é o pedido de envio de exemplares do informativo interno do DAE chamado Atitude. Interessou, pelo menos até o final do ano passado, a alguns, saber mais sobre este exemplar. E o objeto da CEI fala em “contratos de publicidade”.

• Foco da noite

O presidente da Câmara, Paulo Madureira (PP), foi rigoroso, ontem à noite, mesmo sendo contrário aos interesses de presentes à audiência pública, na condução da reunião. O ruralista Maurício Lima Verde, por exemplo, foi advertido logo no início de que a reunião fora convocada para discutir a extinção ou não da Secretaria de Agricultura e não avaliar a performance política do prefeito Tuga Angerami.

• Dentro da lei

Em sua fala, Madureira tratou de explicar que, como presidente, tinha de conduzir os trabalhos dentro da estrita obediência à lei e a audiência pública é regida por uma dessas leis. Ou seja, a audiência tem de convidar os setores envolvidos, abrir a palavra com tempo delimitado para os principais agentes ou pessoas envolvidas no tema em questão e se limitar ao tema.

• Sopa de letras

Em sua fala, o presidente da Câmara afirmou que não acha que são as “letrinhas” que dão nome a uma secretaria que vão determinar se uma atividade terá maior ou menor força junto ao governo, mas a capacidade de articulação de cada segmento. Paulo Madureira disse que é a favor da racionalização de serviços por escassez orçamentária.

• Tuga e Canalli

O prefeito Tuga Angerami afirmou ontem que em nenhum momento convidou seu chefe de Gabinete, Paulo Canalli, para assumir a presidência da Emdurb. Nem mesmo convidou Canalli a deixar o Gabinete, como sugeriu ontem, na coluna, um político ligado ao grupo palaciano. Pelo que ficou subentendido, o prefeito manterá seu fiel escudeiro e pára-raios no cargo mais polêmico do Gabinete do Palácio das Cerejeiras.