Belo Horizonte - Depois de terem aplicado silicone industrial, uma dançarina morreu e um travesti foi internado, em Juiz de Fora (272 quilômetros de Belo Horizonte). A dançarina de 31 anos morreu no último dia 2, no Pronto-Socorro Municipal. A vítima fatal teria aplicado dois litros de silicone industrial na região dos glúteos e pago R$ 700 pela aplicação. O travesti de 43 anos está internado no mesmo hospital.
No hospital da Universidade Federal de Juiz de Fora, três mulheres fazem rigoroso tratamento após injeção de silicone industrial, produto altamente tóxico e de alto risco para a saúde. Elas estão com partes do corpo deformadas, já que o gel usado escorre pela região aplicada, causando inflamação.
A ocorrência desses casos levou a Delegacia de Mulheres de Juiz de Fora a abrir investigação para encontrar o responsável pelas aplicações, quase sempre feita com seringa de uso veterinário. A única pista, por enquanto, seria um travesti que se mudou de Maceió para a cidade mineira há cerca de um ano. Mas ainda não há inquérito.
A dançarina, que trabalhava em uma boate da cidade, chegou ao hospital em 21 de maio, com dores no corpo. Entrou em coma depois de nove dias, com infecção generalizada. Morreu por falência múltipla dos órgãos após três dias, segundo o hospital. O travesti já passou por cirurgias. A preocupação é que ele não pegue infecção, que pode ser fatal. Por isso, está isolado.