Come-se muito bem, obrigada, em Curaçao. Nos hotéis, nos restaurantes, no Mercado Central. Vá sem medo. A comida crioula lembra a nossa, com um detalhe: quase todos os pratos são servidos com bananas da terra, fritas. Nem muito doces, nem ácidas. Perfeitas.
Como quase nada é produzido na ilha, tudo vem de fora. Da Europa, de Bonaire, da Venezuela, Colômbia. Nada falta. Come-se pescados maravilhosos, bacalhau, carnes (bovina, suína, caprina), camarões e frutos do mar, verduras e frutas...
A Capital curaçolenha, Willemstad, lembra Recife por conta dos canais e das pontes – fixa e a móvel –, dividindo o centro histórico em duas partes: Punda (ponto), onde começou a povoação, e Otrobanda (outro lado), para onde cresceu a partir do século 18.
Reserve uma mesa para o “almuerzo” no Restaurante Bahia (nada a ver com o nosso Estado Nordestino; o nome é uma homenagem à baía de Santa Ana), do Hotel Otrobanda, um dos mais simpáticos do Centro, com vista total para o “skyline” de prédios de arquitetura holandesa, coloridos, os mais lindos do Caribe; e para a ponte das “três rainhas”: ponte Rainha Emma, ponte Wilhemina (ponte tipicamente holandesa, que une o setor comercial de Punta com a velha área residencial) e Juliana. Lá, peça um “kce shi yena”, que é um arrombo. Frango em pedacinhos, praticamente moído, embalado em fatias generosas de queijo Gouda.
Outros lugares que merecem notas dos melhores guias gastronômicos do planeta são o Comedor Kriollo, na região das Playas de Banda Abao e Kenepa Grande y Kenepa Pequeña, e o Restaurante Scampis, voltado para o mar e onde os pratos e o atendimento são dez.
Laura Oliveira, que promove Curaçao no Brasil, detalha que a cozinha de Curaçao baseia-se, principalmente, em peixes e frutos do mar, mas também há muitos restaurantes de cozinha internacional.
Jambo (espécie de feijoada de quiabo), Bestia Chiki (cabrito ao molho, acompanhado com arroz mouro com lentilha, quiabo e banana frita), Sopito (peixe com creme de coco), Karni Stoba (carne ensopada) e sopa de iguana são alguns dos pratos mais tradicionais, que valem a pena saborear. Para a sobremesa, Quesilho (pudim de caramelo) e Casjupete (bolo preto) são as melhores pedidas.
Para saciar a sede, vá de Fruit Punch (uma mistura de suco de abacaxi e suco de laranja, com um pouco de Grenadine não alcoólico), da famosa Pina Colada ou de Amstel, considerada uma das melhores cervejas do mundo, a única feita com água dessalinizada.
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Vamos à praia
Algumas praias de Curaçao são abertas ao público. Outras, pagas. Por cerca de US$ 2 o turista pode curtir numa boa esses pontos relativamente pequenos, delimitados por rochedos e que garantem privacidade quase total.
Grote Knip, a 25 quilômetros a oeste do Centro e a pequena Playa Kalki são abertas a todos. Já Casa Ablo, a 15 quilômetros a oeste do Centro, e Port Marie (com barreira de arrecifes e muito procurada para snorkling) a 12 quilômetros a oeste, cobram pela entrada, mas oferecem completa infra-estrutura, incluindo chuveiros, lanchonetes, sombra e cadeira de praia (para usá-la desembolse mais uns trocados).
Perto dos hotéis – ao lado do Breezes –, fica a praia mais lotada da cidade: a Seaquarium Beach, que faz parte do complexo do Seaquarium, onde pode-se nadar com golfinhos (preços em torno de US$ 100) ou somente assistir a suas exibições acrobáticas.
Ao lado do Seaquarium funciona o Mambo Beach, um ponto especial para quem quer prolongar a noite embalado aos melhores ritmos caribenhos. Os amantes de mergulho tem ali um lugar especial para a prática. O preço: em torno de US$ 50 para meia hora de pura emoção.
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Conheça mais
Landhuizen: antigas sedes de fazendas ou casas de campo dos primeiros holandeses.
Parque Christoffel: localizado no ponto mais alto da ilha. Ideal para quem gosta de caminhadas.
Boca Tabla: uma caverna que fica ao norte de Curaçao. Os visitantes podem caminhar sobre rochas vulcânicas, entrar na caverna, observar as grandes ondas do mar e ouvir o vento.
Recanto dos flamingos cor-de-rosa: funciona no complexo do Seaquarium.
Recanto dos avestruzes: local onde pode-se ver de perto essas aves. Lá também se tem a oportunidade de degustar a iguaria.
The Bank of the Netherlands Antilles Museum: um ótimo museu de moedas.
Mikve Israel-Emanuel: sinagoga construída em 1732, é a mais antiga das América ainda em atividade. O chão de areia faz alusão ao deserto. Antigamente, servia para abafar o som dos rituais que lá aconteciam.
Jewish Museum: vestimentos, porcelanas e inúmeros artefatos de antigas famílias judias estão expostos no Museu Cultural Judeu, ao lado da Sinagoga.
The Curaçao Postal Museum/The Fort Church Museum: instalado na mais antiga igreja da ilha, foi fundada em 1769.
Kurá Hulanda: inaugurado em 1999, é o único museu africano do Caribe. Com um completo e impressionante acervo da cultura africana, conta a história do tráfico de escravos. Numa área dedicada ao Holocausto Negro, denominação dada por Martin Luther King ao genocídio africano, foi construída uma réplica de um navio negreiro.