24 de dezembro de 2025
Nacional

Peão preso confessa que matou tricampeão de Barretos por ciúme

Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min

São Paulo - Preso na tarde de anteontem, o peão Rinaldo Aragão, 42 anos, confessou à inteligência da polícia de Goiás a autoria do assassinato do tricampeão em Barretos de montaria em cavalos Virgílio Gonçalves, 35 anos. Em depoimento informal, ele desmentiu que o crime tenha sido por rivalidade dentro das arenas. “Ele disse que teve também a questão de ciúmes por uma mulher, mas não revelou a identidade dela. O crime também teve motivação passional”, afirma o superintendente do setor de inteligência da Secretaria da Segurança Pública de Goiás, o delegado Odair José Soares.

De acordo com o delegado, Aragão afirmou também ter sido ameaçado por Gonçalves. “Ele não resistiu à prisão e se mostrou bastante frio. Não me pareceu arrependido.”

O peão foi preso em uma fazenda na cidade de Bonópolis (582 quilômetros de Goiânia), onde trabalhava como domador de cavalos. O crime aconteceu em 11 de outubro, durante queima de fogos que antecede o rodeio de Novo Horizonte (429 quilômetros de SP). Sua prisão já havia sido decretada. Desde então, ele permanecia foragido. Segundo a polícia de Goiás, o peão contou com a ajuda de um irmão, funcionário do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), para se manter escondido. “Foi esse irmão quem conseguiu trabalho para ele. O carro usado na fuga foi achado na casa do irmão”, disse Soares.

O delegado da Divisão de Investigações Gerais de Novo Horizonte, Fernando Calmon, que apura o crime em São Paulo, viajou para Goiás no fim do mês de outubro em busca de pistas. Ele tinha números de dois telefones públicos de Goiânia e, a partir dessas pistas, encontrou o foragido. Para isso, contou com a ajuda da polícia goiana.

Ontem, Calmon não foi encontrado pela reportagem. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo não confirmou se o acusado já foi ouvido formalmente. Ele também é acusado de assassinar um homem no Paraná. Aragão está preso na cadeia pública de Novo Horizonte.