Iaras - Os três agentes penitenciários mantidos reféns por detentos da Penitenciária “Orlando Brando Filinto” em Iaras (90 quilômetros de Bauru) foram liberados no início da manhã de ontem após os presos colocarem fim à rebelião, iniciada na quarta-feira à tarde. Os agentes apanharam dos presos, que ainda destruíram parte da unidade prisional. Eles alegaram superlotação e falta de trabalho e atividades.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou, através da assessoria de imprensa, que irá apurar o motivo da ação dos presos, que teve início por volta das 16h da quarta-feira.
O detentos tomaram quatro pavilhões, a enfermaria e o chamado seguro, lugar onde ficam os presos ameaçados de morte. Durante à noite foram cortadas a energia elétrica e a água.
Com a ajuda da Tropa de Choque da PM, a rebelião chegou ao fim por volta das 6h45 de ontem, quando os reféns foram libertados. Os nomes dos agentes que ficaram cerca de 15 horas nas mãos dos presos não foram divulgados.
Segundo o sindicato, nestes casos, os agentes penitenciários que ficaram reféns dos presos rebelados podem solicitar um Certificado de Acidente de Trabalho (CAT) e ficar algum tempo afastado para tratamento psicológico.
De acordo com a Polícia Militar (PM) de Iaras, os detentos passaram por revista durante a manhã de ontem, após o término da rebelião. A Penitenciária de Iaras tem capacidade para 792 pessoas, mas abrigaria atualmente em torno de 1.300 presos.