Infelizmente, queixo caído não é apenas uma expressão. Muitas pessoas, inclusive com pouca idade, sofrem de problemas nas articulações da mandíbula. Para parte dos pacientes, a solução depende de cirurgia. Mas a técnica convencional é bastante invasiva (eminectomia). Uma outra, menos agressiva, será experimentada no centro cirúrgico do Hospital de Base (HB) de Bauru, amanhã.
Na ocasião, a técnica também será apresentada para convidados e residentes da Universidade de São Paulo (USP), que acompanharão de outra sala. A operação será televisionada pela equipe Nelson Paschoalotto. A transmissão se dará em circuito interno no AHB.
O especialista em traumatologia bucomaxilofacial Luís Fernando Lobo, presidente da Comissão de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, foi convidado para apresentar a nova técnica.
Ele será auxiliado pelo professor titular da USP em Bauru, João Lopes Toledo Filho, que tem a mesma especialidade. De acordo com ele, com o novo procedimento, a operação demora no mínimo uma hora a menos, sendo que o pós-operatório é mais rápido. Passará pela primeira experiência em Bauru uma menina de 14 anos, que sofre do problema e é paciente do Sistema Único de Saúde (SUS). Ela receberá uma espécie de prótese (âncora) nacional, mais de 100% mais barata que a importada.
“Tem uma indústria em Rio Claro que (a) desenvolveu. Está credenciando essa âncora no SUS. A indústria vai cedê-la. Para isso, estou trazendo o professor especialista em articulação temporomandibular. Nosso objetivo é fazer o treinamento de todos nessa técnica”, conclui Toledo Filho.