Rio - Uma confusão por causa do barulho de uma festa infantil provocou, no sábado, uma briga entre um vereador de Niterói, na região metropolitana do Rio, e a síndica e um porteiro de um prédio em Icaraí, na zona sul da cidade. As imagens do entrevero foram gravadas pelo circuito interno.
A festa era do aniversário de um ano da neta do vereador Luiz Carlos Gallo (PDT), que mora no edifício.
De acordo com moradores ouvidos pela TV Globo, havia música alta após as 22h, horário de início da Lei do Silêncio. O porteiro Vágner da Silva foi ao salão de festas relatar as reclamações ao vereador, que teria se recusou a abaixar o volume.
A discussão prosseguiu na portaria e envolveu a síndica, Rosa Varella, uma sobrinha de Gallo, o próprio pedetista e seus convidados. Imagens registradas pelo circuito interno mostram o porteiro e a síndica sendo agredidos.
Já Gallo afirmou que foi ofendido pelo porteiro. “Ele mandou que a gente abaixasse o som quando faltavam três minutos para as 22h”, afirmou. “Meu filho é deficiente auditivo, não conseguiu fazer leitura labial, e o porteiro foi inconveniente. Disse a ele que eu abaixaria quando chegasse o horário. O porteiro ainda mandou que eu fosse para aquele lugar.”
De acordo com o vereador, sua sobrinha, acompanhada de duas crianças, também foi ofendida pela síndica na portaria. “Essa mulher, que eu nem sabia que era a síndica, estava totalmente descontrolada. Disse que no prédio não mandava galo nem galinha.”
Gallo afirmou que foi defender a parente na portaria. “O sangue ferveu, perdi a cabeça, mas também fui agredido.”
O vereador disse que vai pedir a íntegra das gravações. Ele também anunciou que processará a síndica e o porteiro por agressão e crimes contra a honra. Segundo ele, o grupo que animou a festa ofereceu-se como sua testemunha.