São Paulo - Por conta da forte chuva que caiu em São Paulo e de uma estrutura de ferro que cedeu ao lado do palco, terminou mais cedo, por volta das 15 horas, a comemoração de 1º de Maio organizada pela Força Sindical e outras quatro centrais - UGT, CGTB, Nova Central e CTB. Não houve vítimas no acidente.
A maioria dos shows que ocorreriam no evento, incluindo o do cantor Luan Santana, teve de ser cancelada.
Segundo o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, os equipamentos foram desligados durante a chuva porque a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros alertaram para um risco alto de curto-circuito.
Ainda de acordo com Paulinho, a organização conseguiu ligar dois microfones sem fio e finalizar o evento com o sorteio de carros para os participantes.
A comemoração reuniu cerca de 1 milhão de pessoas na avenida Marquês de São Vicente, na zona oeste de São Paulo, segundo a Polícia Militar.
CUT tem festa esvaziada
Em meio a guerra com outras centrais sobre o fim da contribuição sindical, a CUT passou o 1º de Maio isolada das demais entidades e fez um evento menor, reunindo não mais do que mil pessoas no Vale do Anhangabaú, em São Paulo.
Até mesmo a presença de políticos ficou aquém da expectativa. Sem a presença da presidente Dilma Rousseff, com pneumonia, e do ex-presidente Lula, o palco da CUT contou com poucos petistas do alto escalão.
A central é a única que defende o acordo feito, ainda no governo Lula, para a extinção do imposto sindical. Pelo acordo, assinado por seis representantes de centrais, o repasse só seria feito enquanto não houvesse um projeto de lei acabando com o imposto sindical.
A proposta é criar uma comissão da negociação coletiva em que o trabalhador escolhe para qual sindicato faria a contribuição. O imposto sindical é compulsório e equivale a um dia de jornada.
Participaram da festa o presidente do PT, Rui Falcão, o secretário-Geral da Presidência, Giberto Carvalho, e o presidente da Câmara, Marco Maia. Também estiveram presentes o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e Edinho Silva, presidente do PT-SP.
Ministro alfineta
Ao comentar a presença de Geraldo Alckmin e Aécio Neves na comemoração do 1º de Maio unificado em São Paulo, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse ser importante que o evento seja pluripartidário e que é bom que os tucanos tenham comparecido para "sentir o cheiro do povo".
Lupi leu um testo da presidente Dilma. No texto ela ressaltou a política de reajuste do salário mínimo e o compromisso da presidente no combate à inflação.
Carvalho evitou atacar a crise que assola a oposição. "Uma oposição forte e democrática é boa para nós. Durante os oito anos do governo Lula, convivemos com uma oposição pujante, e isso foi importante para o governo", afirmou.
O custo estimado pelos organizadores é de até R$ 2,7 milhões.