A Matriz do Bom Jesus da Cana Verde de Batatais tem uma beleza arquitetônica. Ela é uma réplica oito vezes menor da Basílica de São Pedro. Bem conservada, é no interior da edificação onde estão expostos 21 quadros e murais do pintor Cândido Portinari.
A obra foi iniciada em sua forma atual no ano de 1928, sob a direção do arquiteto Italiano Julio Latini. Na ocasião ele contratou o engenheiro e arquiteto italiano Carlos Zamboni, porém no decorrer dos trabalho, a direção passou o controle exclusivo a Zamboni. Por motivos particulares, Latini abandou a construção. O processo começou dos fundos para a frente, em primeiro plano a do relógio, envolvendo a Igreja velha.
A matriz foi concluída em 1953 quando da instalação das pinturas de Portinari. O acervo de vitrais é de autoria de Conrado Sorgenicht Filho, neto de Conrado Sorgenicht, alemão de nascimento que instalou-se no Brasil há mais de cem anos. Constitui-se de 48 vitrais de grandes dimensões, todos executados com refinada técnica relativa distribuição de cores.
Via Sacra precisa de restauração
Os quatorze quadros do pintor Cândido Portinari, expostos na igreja matriz Senhor Bom Jesus da Cana Verde, em Batatais, estão se deteriorando por causa do tempo. A última vez que foram restaurados ocorreu na década de 1970, mas novas intervenções para recuperação são necessárias para preservar a coleção.
O padre Pedro Ricardo Bartolomeu fez o alerta no início de agosto e pediu providências do poder público municipal para dar andamento ao projeto que prevê a recuperação das telas.
As obras de arte foram tombadas pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), órgão ligado à Secretaria de Estado da Cultura.
O padre relata ainda que, em 2009, a ação de cupins já provocou danos nas telas e que algumas foram furadas. A restauração, de acordo com ele, foi avaliada em cerca de R$ 300 mil no ano de 2010. Hoje ele não sabe dizer o preço atualizado do serviço.