A Secretaria Municipal de Cultura promove, a partir deste domingo (1), a exposição “Trovas no Bosque”. A abertura está marcada para as 9h30, no Bosque José Guedes de Azevedo, conhecido como “Bosque da Comunidade”.
No mesmo horário, a Secretaria entregará a Maria Fumaça “404”, totalmente recuperada. O evento integra o calendário oficial dos 117 anos de Bauru.
Os serviços de recuperação da composição férrea consistiram na recuperação de algumas peças de metal, pintura da máquina e do tender (vagão que armazena água e lenha), troca de alguns dormentes e instalação de três holofotes para a iluminação da composição, para que a mesma possa ser vista à noite por quem passar pela Rua Araújo Leite.
Maria Fumaça
A Maria Fumaça veio para Bauru em 1920 e entrou em funcionamento em 1921 sendo transferida para Aquidauana (MS) ainda em 1921. Na década de 1970, a locomotiva voltou para Bauru para passar por reforma e em 1977 foi doada para a Prefeitura que a destinou ao futuro Bosque José Guedes de Azevedo, mesmo antes da inauguração, o que aconteceu em 21 de setembro de 1980.
Exposição
Sobre a exposição Trovas no Bosque, a mesma é realizada pelo 20º ano consecutivo, e consiste na magia dos versos, impressa nas trovas e hakais dos membros nacionais da UBT (União Brasileira de Trovadores). Cerca de mil trovas e hakais discorrem sobre a beleza da natureza e a importância do meio ambiente, propositadamente “abraçados” às árvores, integrando a arte à natureza.
A abertura contará com saudação a São Francisco de Assis, patrono dos trovadores, que será feita por Sirlei Gomes, da Ordem Franciscana Secular e com apresentação do Grupo de Taikô “Mugenkyo Bauru Wadaiko” do Clube Nipo Brasileiro, sob coordenação de Shozo Nakamine. Haverá também homenagem aos “amigos da Trova”, conquistados durante esses 20 anos de atividades.
As trovas estarão em exposição até o dia 01 de outubro. O evento tem parceria da União Brasileira de Trovadores –Delegacia de Bauru e Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Trovas e poesias
O Trovadorismo foi o movimento literário que teve início em plena Idade Média (século XII), quando Portugal se encontrava em processo de formação nacional. Com o fim das Cruzadas e consequente início das manifestações culturais, surgiu o Trovadorismo, cujo principal autor foi D. Diniz. Foi, portanto, a primeira manifestação literária da língua portuguesa.
A principal característica da trova é a síntese: concisa, com apenas 28 sílabas poéticas (sons), é considerada um “micropoema”, tal como:
“Por ser breve e inteligente
Ao gosto das multidões,
sempre a Trova está presente
Nas mais belas ocasiões”
Como bem a definiu o trovador e poeta Wladir Neves:- “Trova é a arte de acomodar o infinito nos limites de um grão de areia”.
No Brasil ela se desenvolveu extraordinariamente, sendo hoje praticada por milhares de trovadores integrados à União Brasileira de Trovadores (UBT), organização de âmbito nacional com Seções e Delegacias em quase todos os estados, realizando, entre outros eventos, Congressos, Oficinas, Palestras, Concursos e Exposições com a participação de trovadores nacionais e internacionais.
Serviço
O Bosque da Comunidade fica aberto ao público de segunda à sexta, das 6h às 19h30 e aos sábado, domingos e feriados das 7h às 18h30 e fica localizado na Rua Araujo Leite, q. 29.