| Samantha Ciuffa |
| Gabriel Kanner, candidato a deputado federal, esteve no JC |
Gabriel Rocha Kanner deixou o Departamento de Artigos Esportivos da Riachuelo para se dedicar à campanha a deputado federal pelo PRB. Com parte da formação educacional realizada fora do País, o sobrinho do empresário do grande varejo, Flávio Rocha (dono da Riachuelo), diz que ingressou na legenda a convite do tio para oferecer seu nome a uma vaga em Brasília.
Com visão liberal, onde o Estado Brasileiro deve participar pouco como agente direto na economia, Kanner comenta sua entrada no PRB e fala das circunstâncias que o trazem até aqui. "Me filiei junto ao PRB com meu tio, Flávio Rocha, que tentou pré-candidatura à Presidência da República. A proposta dele acabou não se concretizando, infelizmente, e eu decidi assumir meu papel. Eu gosto do Novo, acho um projeto bacana e tenho amigos lá, mas eu me filiei ao PRB. E a circunstância política me traz até aqui para buscar o espaço por uma postura que a sociedade cobra", explica.
Ao comentar sobre partidos, Gabriel vê a atuação parlamentar muito mais identificada com o candidato. "Não vejo a política como essa guerra. Acho que todos os partidos têm gente com virtudes e defeitos e o conjunto da sociedade é representado na Câmara pelos partidos. Temos que olhar para as propostas que cada candidato carrega para conseguir mudar a situação atual", aborda.
Sobre as mudanças na reforma trabalhista, Gabriel minimiza as críticas no caminho de subemprego e a terceirização em massa. "A dificuldade de se criar empregos no Brasil é visível. A burocracia é enorme e a carga tributária é asfixiante. O pequeno empresário está sufocado e não aguenta pagar quase 40% de tributos. E o Brasil é um manicômio tributário porque é muito difícil atuar como empresário. Esse ambiente de negócio tem de ser facilitado, com fluxo simplificado de tributos, até para o País fiscalizar melhor essa relação. Esmagar o empresário é que não funciona", expõe.
Apesar da crise, o jovem candidato demonstra otimismo. "Sou otimista em relação ao Brasil e sou esperançoso. Acredito que podemos ter índices muito melhores do que os atuais em educação, saúde. Infelizmente, a maior parte das pessoas que entrou para a política não fez isso pela população, mas para se beneficiar. E precisamos mudar essa mentalidade. E eu acredito nesse momento de transição e de que minha geração possa assumir esse papel", afirma.