27 de dezembro de 2025
Geral

Quatro professores de colégio de Bauru recebem certificação mundial da Apple

Cinthia Milanez
| Tempo de leitura: 3 min

Malavolta Jr.
Ana Paula Freitas dos Santos, Rômulo Cardador Francisco, Robson Montanholi e Guilherme Silva receberam o certificado

Ana Paula Freitas dos Santos, Guilherme Silva, Robson Montanholi e Rômulo Cardador Francisco. Estes são os quatro professores do D'Incao Instituto de Ensino, em Bauru, que acabaram de receber a certificação Apple Distinguished Educator (ADE). Os docentes, portanto, já agregaram a tecnologia à sua proposta pedagógica e consideram a ferramenta um incentivo à aprendizagem.

Professor e um dos diretores do colégio, Pedro D'Incao explica que o ADE foi aberto ao Brasil em 2015, quando ele e o professor Ulisses Antônio de Andreis receberam a certificação. O documento reconhece as boas práticas envolvendo a tecnologia Apple aplicada à educação.

Ainda de acordo com Pedro, todo e qualquer docente pode submeter o seu trabalho ao ADE, que conta com uma equipe pedagógica composta por professores do mundo inteiro. "Dos 40 docentes vinculados ao D'Incao Instituto de Ensino, sete já tiveram este reconhecimento", revela.

SELO

Segundo o diretor da escola, o D'Incao também conquistou o selo Apple Distinguished School (ADS). Desde a sua criação, em 2008, o colégio incluiu a tecnologia na proposta pedagógica. Na época, cada aluno usava um Macbook.

Além disso, todos os docentes do D'Incao passam por capacitação e reuniões semanais neste sentido. Inclusive, a expectativa é de que, até o final do ano, 100% dos professores tenham a certificação Apple Teacher, um degrau abaixo da ADE. "A tecnologia só é vantagem quando não substitui os processos", complementa o diretor.

POR DISCIPLINA

A professora Ana Paula Freitas dos Santos leciona biologia no D'Incao Instituto de Ensino. Para receber a certificação, ela submeteu dois projetos desenvolvidos junto aos alunos do 8.º e 9.º ano do Ensino Fundamental.

No primeiro deles, os estudantes foram até o Jardim Botânico estudar os mais diversos grupos vegetais. Os jovens aproveitaram para fazer várias imagens. Em seguida, montaram um livro digital pelo iPad.

Já o segundo projeto diz respeito à exploração do jogo Pokémon Go. A ideia era identificar os animais que apareciam pela escola. "A tecnologia potencializa o aprendizado, porque traz mais recursos", defende.

Já o professor Guilherme Silva leciona ciências e física. Ele usou a tecnologia associada às energias renováveis. Os estudantes montaram uma hélice utilizada para a produção de energia eólica e analisaram a sua estrutura física pelo iPad.

Robson Montanholi, por sua vez, dá aula de geografia. Ele tocou o Projeto Geologia, que consiste na demonstração de fenômenos ocultos, como a formação de vulcões e placas montanhosas, via iPad.

Em seguida, os estudantes do 6.º ano do Ensino Fundamental foram levados a dois parques geológicos: o Rocha Moutonneé, em Salto, e o Varvito, em Itu. Todo o material coletado nestes locais se transformou em maquetes e livro digital. "A ferramenta desperta o interesse pela disciplina", comenta.

Por fim, o professor Rômulo Cardador Francisco leciona matemática. Além de usar as ferramentas da Apple no dia a dia, ele destaca três projetos junto ao 9.º ano do Ensino Fundamental: semelhança de triângulos (o reconhecimento é feito pelo iPad), estudo de funções (existe um aplicativo que faz a modelagem e a análise) e estatística (outro programa reuniu informações de uma pesquisa sobre cyberbullying e a classificou em vários gráficos).

GANHA TEMPO

Para Rômulo, a tecnologia alonga o tempo. "Quando ensino função, evito de ficar fazendo tantos desenhos na lousa, porque existe um aplicativo para isso. Sobra mais tempo para discutir a teoria", finaliza.