15 de dezembro de 2025
Regional

Usina de Bariri completa 55 anos

Lilian Grasiela
| Tempo de leitura: 2 min

Bariri - Em funcionamento desde 1965, a Usina Hidrelétrica Álvaro de Souza Lima, a Usina Bariri, que tem endereço em Boraceia, completa neste domingo (25) 55 anos de operação. Além da geração de energia, a unidade, que é gerenciada pela AES Tietê, transporta até 300 passageiros a cada eclusagem e movimenta, por mês, toneladas de produtos pelo rio Tietê. Recentemente, a usina foi modernizada e, agora, é operada de forma remota (leia abaixo).

A Usina Bariri é a segunda barragem de aproveitamento do Tietê em termos de posicionamento no fluxo do rio (a primeira é a de Barra Bonita). Sua margem direita pertence à Bariri e, a esquerda, à Boraceia. Com barragem de mais de 856 metros de comprimento e três turbinas, ela gera o total de 136,5 MW de energia, suficiente para abastecer aproximadamente 453 mil casas.

Para movimentá-la, são necessários 14 profissionais, além de outros 17 responsáveis pela manutenção das máquinas desta e de outras duas usinas da AES Tietê (Barra Bonita e Ibitinga). Um desses funcionários é José Edir Ferraz, 59 anos, que trabalha na Usina Bariri desde 2013. Transferido da Usina de Ibitinga, ele atua na área de operação da AES Tietê há 20 anos e também é responsável por manutenções preventivas.

"Tenho na memória os grandes blecautes nacionais, que desligaram várias linhas de transmissão em todo Brasil. A UHE Bariri respondeu prontamente a essa ocorrência, disponibilizando ao sistema da região um retorno mais rápido de energia. Naquele momento, valorizamos ainda mais nossas manutenções preventivas e os investimentos que a empresa faz em treinamentos, que nos permitiram atuar efetivamente para o restabelecimento da operação", ressalta.

NEGÓCIOS

Segundo a assessoria de imprensa da AES, a Usina Bariri também é importante polo gerador de negócios na região. A eclusa da barragem integra a Hidrovia Tietê-Paraná, por onde passam grandes embarcações. "Em maio de 2009, por exemplo, a eclusa recebeu um recorde de mercadorias, com mais de 380 mil toneladas. Os principais produtos transportados são: soja em grão, farelo de soja, milho, cana-de-açúcar, madeira e açúcar", declara.

De acordo com Sérgio Luiz da Silva, gerente de Gestão da Operação da Usina Bariri, a estiagem deste ano não chegou a impactar de forma significativa a produção de energia, eclusagem e transporte fluvial. "A estiagem afeta a operação do sistema como um todo. Entretanto, com a coordenação entre AES, ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e Departamento Hidroviário do estado, as operações seguem dentro dos níveis operacionais", diz.

OPERAÇÃO REMOTA

O gerente conta que, recentemente, a Usina Bariri teve as unidades geradoras reformadas e modernizadas. "Ela possui elevado grau de automação e é totalmente supervisionada, operada e comandada, bem como a sua eclusa, do Centro de Operações de Geração de Energia (COGE), localizado em Bauru, de onde são operadas todas as usinas da AES Tietê Energia S.A.", revela.