20 de dezembro de 2025
Saúde

Idosos: a delicada tarefa de protegê-los

Constança Tatsch
| Tempo de leitura: 1 min

Desde o início da maior crise sanitária da História, em março, os idosos têm sido apontados como principal grupo de risco. No começo, o pedido era para que o isolamento deles fosse total. Meses depois, porém, o vírus continua a circular, e especialistas concordam que a rotina dos mais velhos não permite que eles continuem trancados em casa por mais tempo.

"O que falamos em março é impraticável quando uma pandemia fica endêmica, como no Brasil. A doença não passou, mas não podemos ter o mesmo olhar porque é muito tempo. O idoso não pode ficar sem fisioterapia, exames e contato. É preciso equilíbrio. Flexibilizar com consciência, entendendo quem é esse idoso, porque há os saudáveis e os muito frágeis", diz a geriatra Maísa Kairalla, presidente da Comissão de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

Algumas regras continuam valendo até que todos estejam vacinados: máscaras, higienização das mãos e distanciamento social. Por outro lado, há outros aspectos a serem considerados. "Além de medidas para evitar contágio e transmissão, temos que encarar outras questões como o descontrole de doenças crônicas. Isso é comum em idosos e pacientes com comorbidades, que não voltaram ao médico, não refizeram exames. É preciso retomar o cuidado com as doenças crônicas", frisa o geriatra Fábio Olivieri.