19 de dezembro de 2025
Limpa Geral

Insônia: mudança de hábitos pode ajudar


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Está cada vez mais difícil dormir bem. De acordo com a Associação Brasileira do Sono (ABS), 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia. Isso é quase metade da população adulta no País! A psicóloga especialista em sono Laura Castro, pesquisadora da Unifesp, afirma que a pessoa deve ficar atenta quando tem dificuldade para dormir durante vários dias por semana, que se prolonga por mais de um mês. "O negócio é que as pessoas, acumuladas de coisas no dia a dia, tendem a ir empurrando com a barriga, ou não têm tempo de reorganizar a rotina", explica Castro. Para ela, algumas mudanças de hábitos podem ajudar.

A especialista desenvolveu um aplicativo, o Vigilantes do Sono, para que insones tenham acesso à terapia do sono, uma série de medidas e mudanças de comportamentos que precisam ser tomadas para quem tem dificuldade de dormir conseguir resolver os problemas noturnos. É a chamada higiene do sono.

André Jorge de Oliveira, otorrinolaringologista do Grupo São Francisco/Sistema Hapvida, alerta que a insônia pode gerar consequências sérias nas rotinas diárias do individuo. "Quando alguém não dorme o suficiente, não descansa, o que chamamos de sono reparador, isso pode afetar a concentração e a produtividade diária", diz. "Se pessoa se sente cansada sempre, não consegue dormir por dias seguidos, é hora de procurar um médico."

REMÉDIOS

A psicóloga Laura Castro alerta, ainda, para o uso de medicamentos para dormir. Segundo a especialista, é fato que há pessoas que precisam da ajuda de medicamentos para conseguir começar um processo de mudança de comportamentos e de reestruturação cognitiva, mas é preciso uma avaliação de cada caso. Automedicação, jamais.

"O negócio é que na insônia, assim como na ansiedade ou na depressão, se você só toma remédio, o problema raiz muitas vezes continua lá. A maioria das pessoas que sofre com ansiedade e insônia precisa de uma terapia que foque em ressignificar entendimentos sobre o sono e sobre situações da vida que desencadeiam mais ansiedade ou tristeza", completa Castro.