Uma pesquisa da empresa de cibersegurança Kaspersky, realizada em parceria com a consultoria Corpa, mostrou que 56% das crianças no Brasil possuem pelo menos uma conta em redes sociais, e que 20% dos pais admitem ignorar completamente as informações que seus filhos compartilham on-line.
No levantamento, cerca de um em cinco pais brasileiros (18%) admitem que, por falta de mais tempo ou familiaridade com a tecnologia, não conseguem se envolver na vida digital dos filhos como gostariam. Segundo os pais entrevistados no Brasil, o que as crianças mais compartilham publicamente são: hobbies ou atividades favoritas (67%), dados pessoais de amigos e parentes (10%) e fotos da casa (16%).
Para Roberto Rebouças, gerente executivo da Kaspersky no Brasil, a educação sobre os cuidados que crianças e adolescentes devem ter na internet deve ser tratada como prioridade pelos pais, que devem conhecer as redes sociais.
"Quando decidimos que é hora dos nossos filhos terem mais autonomia, ensinamos a prestar atenção ao atravessar a rua e a não falar com estranhos. Quando eles passam a navegar na Internet, criar conta nas redes sociais e usar serviços digitais, temos que fazer o mesmo: experimentar e conhecer tudo que os filhos faze on-line, para saber orientá-los", diz Rebouças.
Ele também ressalta que, além de ameaças como cyberbullying ou assédio, os pais precisam ficar atentos ao roubo de informações. Isso acontece principalmente por meio de mensagens ou conversas enganosas, em que os jovens podem revelar involuntariamente dados pessoais, tornando-os mais vulneráveis às ações dos criminosos.
Ao todo, na pesquisa, foram entrevistados 2.294 pais e mães com idade entre 25 a 60 anos, pertencentes às classes A, B ou C, usuários de dispositivos eletrônicos e cujos filhos tenham entre 0 e 18 anos.