20 de dezembro de 2025
Regional

Equipe da UPA pleiteia insalubridade

Lilian Grasiela
| Tempo de leitura: 2 min

Lençóis Paulista - Funcionários que atuam na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Lençóis Paulista (43 quilômetros de Bauru) estão pleiteando o recebimento de 40% de insalubridade. Eles alegam que atendem crianças com quadro grave de Covid-19, situação que justificaria pagamento do adicional. O Hospital Nossa Senhora da Piedade, responsável pela gestão da UPA desde 1 de abril, informou que aguarda laudo técnico para definir se o benefício é devido, em que percentual, e para quais categorias.

Funcionários que entraram em contato com o JC, e pediram para terem a identidade preservada, afirmam que o pagamento de 40% de insalubridade teria sido acordado de forma verbal pelo hospital em abril, mas não foi feito no salário depositado nesta sexta (7). Além da equipe de enfermagem, pleiteiam o benefício trabalhadores da portaria, limpeza, recepção e técnicos de raio-X, no total de cerca de 90 pessoas.

Os profissionais alegam que o pagamento da insalubridade é feito para todos os funcionários do hospital que atendem pacientes com Covid. "Nós somos porta aberta e, para sabermos quem está chegando com Covid ou não, só depois do exame médico", diz uma das trabalhadoras. De acordo com ela, pacientes graves com a doença também ficam na UPA quando não existe leito disponível no PAC, até a liberação da vaga.

O diretor administrativo do Hospital Nossa Senhora da Piedade, Luiz Otávio Vianna, explica que o adicional de insalubridade é pago a partir de levantamento técnico, realizado por empresa especializada em Medicina e Segurança do Trabalho, onde são identificados os riscos presentes nas diferentes atividades. Esse laudo, segundo ele, também define o percentual a ser aplicado, que pode ser de 10%, 20% ou de 40%.

Vianna conta que a empresa realizou levantamento técnico dos riscos na UPA e que laudo será entregue ao hospital na próxima semana. Ontem, segundo ele, todos os funcionários da UPA, com exceção dos setores administrativos, receberam insalubridade de 20%. "Vamos ajustar todas as situações que sejam apontadas no laudo técnico, em caráter retroativo, ou seja, indicado que o grau de 40% deva ser pago, faremos o pagamento da diferença relativa ao mês de abril", declara.

O diretor confirma que todos os trabalhadores que atuam na clínica de internação Covid, UTI-Covid e Pronto Atendimento Covid, localizados no hospital, independentemente da categoria, recebem a insalubridade de 40%. Aqueles que não atuam na linha de frente da doença, de acordo com ele, recebem 20%. "O Hospital Nossa Senhora da Piedade, com mais de 75 anos de atuação, prima pela legalidade e transparência", diz.

Uma reunião entre representantes da entidade e funcionários da UPA foi marcada para a próxima segunda-feira (10), às 8h, para discutir o assunto. "Reforçamos a postura do hospital, sempre aberto ao diálogo, por meio do qual buscamos o consenso", pontua Vianna.