26 de dezembro de 2025
Geral

Maconha 'gourmet' é o mais novo produto do PCC


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O mercado de drogas tem novidades: desta vez é a maconha 'gourmet' colombiana, de maior qualidade e mais forte. Ela é fornecida na maior parte de regiões sob o controle de grupos armados atuantes do Corredor do Oceano Pacífico da Colômbia, informa matéria publicada no El PAÍS.

Também chamada de “Colômbia”, “colombinha”, “colom”, “cripa” ou “creepy”, o uso do entorpecente está crescendo por se mostrar mais puro e com efeitos mais potentes, apesar de ser mais caro que o tradicionalmente  consumido no País (maconha paraguaia). Ambas, normalmente, possuem os mesmos fornecedores, aponta a matéria.

De acordo com ela, que ouviu um traficante atuante em bairro de classe média da zona Sul da Capital paulista, a maconha colombiana fica entre o ‘skunk’ e a prensada, em termos de qualidade e preço. Ele também disse não é possível que um produto novo apareça e passe a ser oferecido regularmente sem estar  vinculado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). “Por mais que possam ser várias quadrilhas diferentes fazendo o corre, eles no mínimo autorizam”, acredita.

O delegado Elvis Secco, diretor da Coordenadoria de Repressão a Drogas, Armas e Facções Criminosas da Polícia Federal, disse à reportagem do El PAÍS que o trajeto para chegar ao Brasil é na rota no Norte do País, pelo Amazonas e seus afluentes. Trata-se do mesmo caminho utilizado para transportar cocaína.

"Não precisa transportar grandes cargas, não temos registro de uma única apreensão com cinco toneladas de creepy [a maconha colombiana], por exemplo, por que ela tem alto valor, então já compensa no transporte de volumes menores, o que dificulta também as apreensões”, afirma o policial.

 

O delegado Secco afirma que há necessidade de aprofundar a questão dessa nova categoria de maconha e que foi feita uma solicitação ao adido na embaixada da Colômbia para que se tenha mais informações sobre esse fenômeno que só cresce.