São Paulo - O comerciante Paulo Cupertino Matias, suspeito de matar o ator Rafael Miguel e os pais do jovem, em junho de 2019, na zona sul da capital paulista, foi preso nesta segunda-feira (16) por policiais do 98º DP. Ele estava escondido em hotel na mesma região onde cometeu o crime e foi localizado pelos investigadores da Polícia Civil após uma denúncia anônima.
Após a prisão, ele foi levado ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), na região central da cidade de São Paulo.
PROCURADO
Cupertino estava foragido desde o crime e chegou a mudar de nome para Manoel Machado da Silva para tentar fugir da polícia. Ele passou por cidades do interior paulista, como Sorocaba e Campinas, do Paraná (Jataizinho) e o Mato Grosso (Ponta Porã), onde trabalhou como cuidador de gado em uma fazenda.
Em julho de 2020, o homem passou a compor a lista dos criminosos mais procurados pela polícia paulista. A polícia chegou a divulgar fotos de possíveis disfarces dele.
No dia 28 de outubro, ele foi localizado em Eldorado, no Mato Grosso do Sul, mas conseguiu fugir. Na ocasião, a polícia achou a identidade falsa usada por ele na região. O documento foi cancelado.
O CRIME
O ator tinha 22 anos quando foi assassinado por Cupertino, pai de sua então namorada, que era contra o namoro. Ele estava com seus pais, Miriam Selma Miguel, 50, e João Alcisio Miguel, 52, que também foram atingidos e mortos no ataque, ocorrido em São Paulo, na frente da casa da namorada Isabela Tibcherani e supostamente foram conversar para entender os motivos da proibição.
Rafael Miguel ficou conhecido ao interpretar "Paçoca" na novela infantil "Chiquititas", exibida pelo SBT entre os anos de 2013 e 2015. Antes disso, ele já tinha participado das novelas "Pé na Jaca" (2006-2007) e "Cama de Gato" (2009-2010), na Globo.
O jovem foi atingido por sete dos 13 tiros disparados pelo pai de sua namorada, que não aceitava o relacionamento dos dois. Os tiros atingiram a cabeça, o braço esquerdo, o peito e as costas. Seu pai foi atingido por quatro tiros e sua mãe, por dois.
Cupertino tornou réu por triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e com recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. Outros dois amigos, que ajudaram a escondê-lo ao longo da fuga, também foram denunciados.