Segundo o doutor em endocrinologia e metabologia pela USP Antonio Carlos do Nascimento, o mecanismo que aumenta o apetite em quem está parando de fumar envolve o sistema límbico, composto por algumas regiões do cérebro responsáveis pelo comportamento emotivo, que mantém uma íntima relação com o sistema denominado "centro da recompensa".
Essa central da recompensa é ativada pela dopamina, que atua nos centros de prazer do cérebro. A substância é gerada por vários contextos, os quais incluem atitudes (a satisfação induzida por compras é bom exemplo), por substâncias viciantes (álcool, nicotina, cocaína etc) e alimentos prazerosos (ricos em carboidratos e gorduras), segundo Nascimento. Em outras palavras, sem a nicotina, o cérebro do dependente recebe menos neurotransmissor, o que leva o organismo a tentar compensar essa falta.